Facebook entra na bolsa. Zuckerberg gosta disto

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Um dos trabalhadores da rede social, no complexo de Menlo Park Foto: Robert Galbraith/Reuters

É um dia inesquecível para o Facebook e para o fundador da maior rede social do planeta, Mark Zuckerberg. Ao fim de apenas oito anos (a celebrar no sábado), a empresa apresenta nesta quarta-feira a sua proposta de entrada na bolsa de valores norte-americana. Wall Street, centro financeiro mundial em Nova Iorque, e Silicon Valley, coração tecnológico dos Estados Unidos (e de boa parte do planeta também), agitam-se de expectativa com este passo que alguns analistas descrevem como a maior estreia bolsista de sempre.

A data de 1 de Fevereiro será, apesar de tudo, simbólica, porque o processo de transformação da empresa numa entidade cotada na bolsa de Nova Iorque deverá demorar algumas semanas. Ou seja, nesta quarta-feira, a empresa apresentará à entidade que regula o mercado bolsista, a Securities and Exchange Commission (SEC na sigla original), os documentos necessários para dar entrada na bolsa de valores. É um dos acontecimentos mais esperados do ano nos mercados bolsista e tecnológico.

Desde a entrada em bolsa do Google, em 2004, que não se assistia a tamanho frenesim envolvendo o centro financeiro e o epicentro tecnológico dos EUA. Trata-se apenas de um dossier preliminar que não revela ainda o número de acções em jogo nem o preço por acção e a data de entrada em bolsa também ainda não foi avançada.

O Facebook poderá arrecadar na sua estreia cerca de 5000 milhões de dólares (3802 milhões de euros), o que colocaria o valor da empresa entre os 75 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros) e 100 mil milhões de dólares (76 mil milhões de euros). Porém, os números citados por toda a imprensa mundial variam de título para título.

A rede social que conta actualmente com mais de 800 milhões de utilizadores activos, e tem a trabalhar para si cerca de 3000 pessoas, é um fenómeno mediático e financeiro. Estima-se que milhares de empregos indirectos foram criados nos EUA e na Europa por causa do Facebook, sobretudo na indústria da programação de aplicações para esta rede social.

O que é certo é a escolha do banco que vai liderar esta oferta pública de venda de acções, que recaiu sobre o Morgan Stanley. O negócio não deixará de fora outros nomes sonantes da banca como o Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Barclays e Bank of America, que irão ajudar na entrada em bolsa da empresa.

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