Exposição da CGD ao BPN baixou 805 milhões de euros desde Janeiro

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A liquidez dos bancos está confortável, garante Faria de Oliveira Fábio Teixeira

O montante total do financiamento concedido pela CGD ao BPN caiu 14%, para 4,9 mil milhões de euros, nos primeiros cinco meses do ano, revelou hoje o presidente do conselho de administração do banco público, Faria de Oliveira.

O banqueiro disse aos deputados, no decorrer da comissão parlamentar de inquérito dedicada ao Banco Português de Negócios (BPN), que o financiamento concedido pelo banco estatal à entidade se situava em 5,7 mil milhões de euros em Dezembro de 2011, dos quais, 4,5 mil milhões de euros com garantia estatal.

Hoje, segundo Faria de Oliveira, a exposição está nos 4.895 milhões de euros (3,1 mil milhões de euros em obrigações emitidas pelos veículos criados pelo Estado para resolver o ‘buraco’ do BPN, mil milhões em papel comercial – ambos com garantia estatal –, e 795 milhões de euros em crédito puro e duro).

Isto significa que a exposição da Caixa Geral de Depósitos (CGD) baixou 805 milhões de euros entre Janeiro e o final de Maio.

Faria de Oliveira, que pela terceira vez é ouvido no Parlamento sobre o BPN, referiu, por outro lado, que “só por milagre” seria possível suster uma maior saída de depósitos do BPN, durante o período em que esteve nacionalizado.

A posição foi assumida depois de confrontado pelo deputado do PSD Afonso Oliveira com o facto de os depósitos do banco terem caído 62% entre 2009 e o final de 2011.

O chairman da CGD apontou um conjunto de factores, desde a imagem do BPN à conjuntura internacional financeira, passando pela crise da dívida soberana nacional a partir de 2010, para explicar esses resultados.

“Vivendo o momento mais intenso de toda a crise financeira internacional, havendo manifestamente da parte dos depositantes uma procura de colocação de poupanças em instituições que conferissem confiança em termos de gestão, com os episódios em torno do BPN, só por milagre é que teria sido possível evitar maior saída de depósitos”, sustentou.

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