Más notícias sobre a economia alemã travam bolsas europeias

Depois da queda para mínimo de nove meses, euro recuperou com expectativa de maior intervenção do BCE.

Foto
Draghi sob pressão para forçar crescimento económico REUTERS/Kai Pfaffenbach

As bolsas europeias encerraram mistas, com ganhos moderados das praças de Frankfurt e Paris e quedas de Milão e Madrid, a reflectirem as más notícias da contracção da economia alemã e da estagnação da economia francesa.

O euro, que chegou a cair para um mínimo de nove meses, acabou por recuperar terreno, valorizando 0,1%, para 1,337 dólares.

A recuperação do euro e a resistência das bolsas europeias, entre ganhos e quedas moderadas, é explicada pela expectativa de que, perante o quadro de anemia económica e inflação baixa, o Banco Central Europeu venha a ser obrigado a recorrer a artilharia mais pesada para potenciar o crescimento das economias da moeda única.

"Perante isto, continuamos a acreditar que o BCE precisa de aplicar mais medidas de política monetária - provavelmente, na forma de um programa completo de quantitative easing - para acelerar a recuperação económica", afirmou à agência Reuters Jonathan Loynes, economista-chefe da Capital Economics.

No fecho da sessão, o principal índice alemão, o DAX, apresentou um ganho 0,29% e os juros das obrigações soberanas alemãs, consideradas activos de refúgio, chegaram a cair abaixo de 1%, renovando mínimos históricos.

O CAC de Paris fechou com um ganho modesto de 0,25%, o Euro Stoxx, que agrupa as 50 maiores cotadas da Europa, ficou-se por uma valorização de 0,14%.

A praça portuguesa encerrou a ganhar 1,02%, puxada pelo sector financeiro, que amealhou valorizações entre 2% e 4%. Esta subida deve ser entendida como uma recuperação face às elevadas perdas acumuladas na sequência da derrocada do Grupo Espírito Santo.

A não escapar às quedas esteve o Ibex 35, de Madrid, que encerrou a perder 0,09%, e o FTSE MIB, de Milão, que encerrou a perder 0,29%.

Expressiva foi a queda da cotação do petróleo, com o crude, cotado em Nova Iorque, a cair 1,28%, e o brent, cotado em Londres e referência para a Europa, a desvalorizar 2,32%.

O Eurostat revelou esta quinta-feira que a economia da zona euro estagnou no segundo trimestre face ao anterior, quando nos primeiros três meses tinha registado um crescimento de 0,2%. Face ao período homólogo do ano passado, registou-se um crescimento de 0,7%, em desaceleração face aos 0,9% dos primeiros três meses do ano.
 

   





Sugerir correcção
Comentar