Eni vende mais 7% da Galp Energia

Resultados deverão ser conhecidos esta sexta-feira.

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A Eni anunciou esta quinta-feira que lançou uma operação rápida para vender 7% da Galp Energia a investidores institucionais. De acordo com o comunicado da empresa petrolífera italiana, vão ser alienadas 58.051.000 acções da Galp, após a Amorim Energia não ter exercido o direito de preferência que detinha sobre estes títulos.

A colocação das acções junto dos investidores ficou a cargo da Goldman Sachs e da Mediobanca. A Eni adianta ainda que vendeu, nos últimos meses, cerca de 0,34% do capital da Galp em bolsa.

Após a operação, cujos resultados deverão ser conhecidos esta sexta-feira (com a possibilidade de existirem novos investidores qualificados, ou seja, com mais de 2% da empresa gerida por Manuel Ferreira de Oliveira), a Eni fica ainda com cerca de 9% da Galp. No entanto, grande parte desta posição, correspondente a 8%, está ligada a uma emissão de obrigações convertíveis em acções, no valor de 1028 milhões de euros e com maturidade em Novembro do ano que vem. Por fim, restam ainda títulos que representam perto de 1% do capital da Galp, que também não foram alvo de direito preferencial por parte da Amorim Energia, que é a maior accionista da petrolífera portuguesa, com 38%. A ENI já ocupou em tempos esta posição, com 33,3% do capital.

A Amorim Energia, com sede na Holanda, congrega as posições de Américo Amorim, da petrolífera estatal angolana Sonangol e de Isabel dos Santos. Américo Amorim detém 55% da Amorim Energia, e os outros 45% estão na holding Esperaza. Esta, por sua vez, é detida em 55% pela Sonangol e em 45% por Isabel dos Santos. A empresária, filha do presidente angolano, é também a segunda maior accionista do BPI, com 19,5%, e domina a ZonOptimus em parceria com a Sonae, grupo dono do PÚBLICO, além de deter 25% do Banco BIC. Já a Sonangol é o maior accionista do BCP, com 19,4%.

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