Enercon chega este mês aos 1700 postos de trabalho em Viana

Empresa do sector eólico vai recrutar 50 a 100 pessoas nas próximas semanas.

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A empresa estima ter atingido cerca de 300 milhões de euros em exportações Adriano Miranda

A multinacional alemã Enercon prevê atingir no final de Abril 1700 postos de trabalho em Portugal, 300 dos quais criados desde o início do ano, e pretende reforçar a produção até final do ano, revelou hoje o administrador Francisco Laranjeira.

O responsável para Portugal do grupo do sector eólico explicou que o processo de recrutamento foi iniciado no final do ano passado, quando a Enercon contava com 1400 postos de trabalho nas fábricas que opera em Viana do Castelo desde 2006.

"Faltam-nos contratar entre 50 a 100 pessoas, o que deverá ocorrer até final deste mês de Abril. Este nível de recrutamento tem reflexos nos números do desemprego na região", disse Francisco Laranjeira.

Acrescentou que os concelhos de Viana do Castelo, Ponte de Lima, Esposende e Barcelos são prioritários neste processo de recrutamento, mas "sem excluir candidatos de outras localidades limítrofes".

O aumento ao nível de emprego é justificado por Francisco Laranjeira com as metas de produção definidas pela administração da multinacional para todo o ano, em Viana do Castelo, nomeadamente 375 aerogeradores, 240 torres e mais de 900 pás de rotor.

A Enercon dispõe no concelho de fábricas de aerogeradores, torres de betão, pás de rotor e de mecatrónica, além de um centro administrativo.

Ainda de acordo com Francisco Laranjeira, a facturação do grupo alemão tem um peso superior a 10% no Produto Interno Bruto (PIB) do distrito de Viana do Castelo. "É mais do dobro do valor do compromisso inicial, aquando da instalação das fábricas em Viana do Castelo, que era superior a 4%", sustentou.

A Enercon estima ter atingido em 2013 cerca de 300 milhões de euros em exportações (mais 20% face a 2012), o equivalente a 70 a 80% da produção anual. Só na última semana, quatro navios atracaram no porto comercial da cidade para carregar componentes eólicos para exportação.

Apesar do "desígnio exportador " do grupo, Francisco Laranjeira alertou para a necessidade de, no futuro, destinar uma produção entre a 20 a 30% para o mercado interno, de forma a "garantir a sustentabilidade do projecto tal como inicialmente definido".

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