Emprego cresce, mas continua abaixo da média da OCDE

Para encontrar taxa superior à média da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico é preciso recuar a 2010.

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A taxa de emprego é mais alta entre a população masculina do que entre a população feminina Jorge Silva

Com a recuperação de alguns indicadores do mercado de trabalho, a taxa de emprego em Portugal aumentou, no último trimestre de 2013, de forma ligeira para 62% da população activa entre os 15 e os 64 anos. Este valor continua, no entanto, abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), onde esta percentagem estava em 65,3%.

Apesar do crescimento observado de trimestre para trimestre, em 2013, a taxa de emprego anual foi ainda assim inferior à de 2012, ano em que a população empregada era de 61,8%, segundo as estatísticas publicadas nesta terça-feira pela OCDE.

Para encontrar uma taxa superior à média dos 34 países da OCDE é preciso recuar a 2010. Nesse ano, a percentagem da população empregada face à população activa entre os 15 e os 64 anos situava-se em 65,6%, enquanto na OCDE a média estava nos 64,5%.

No ano seguinte, porém, este indicador ficaria já ligeiramente abaixo da média, com um recuo da taxa em Portugal para 64,2% e um aumento da média da OCDE para 64,8%. Enquanto no conjunto dos 34 países da organização este indicador continuaria a aumentar, ultrapassando os 65%, em Portugal registava-se o movimento oposto, com a taxa a manter-se na casa dos 61%.

A taxa de emprego entre os jovens portugueses (dos 15 aos 24 anos) é mais baixa do que nas outras duas faixas etárias consideradas pela OCDE (dos 25 aos 54 anos e dos 55 aos 64).

No quarto trimestre, o emprego entre os jovens estava nos 23%; na faixa etária seguinte encontra-se a taxa mais alta, de 75,7%; já entre a população dos 55 aos 64 anos, só 47,5% das pessoas tinham um trabalho.

O emprego continua a ser mais alto entre os homens do que entre as mulheres. Enquanto para a população masculina a OCDE projecta uma taxa de emprego de 64,8%, entre as mulheres só há 59,3% de pessoas com emprego. A diferença é ainda maior na zona euro (58,3% de taxa de emprego feminina, contra 68,9% masculina) e no conjunto da OCDE (57,6% de mulheres empregadas e 73,2% no caso dos homens).

Ao todo, a taxa de emprego na OCDE abrangia 65,3% da população, com o conjunto das sete maiores economias a registar uma taxa de 68,2%.

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