Em tempos de incerteza na economia, George Soros investe no ouro

Milionário tem acompanhado mais de perto as apostas do seu fundo de investimento, segundo o Wall Street Journal.

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A fortuna de George Soros está avaliada em 24,9 mil milhões de dólares BRENDAN SMIALOWSKI/AFP

Os sinais de incerteza económica a nível mundial estão a levar o milionário George Soros a desfazer-se de alguns investimentos em acções, reforçando a sua aposta no ouro, visto como um refúgio seguro, escreve o Wall Street Journal. As investidas do conhecido empresário, realizadas através da Soros Fund Management, também terão passado recentemente pela compra de acções em empresas de exploração mineira.

As movimentações do financeiro húngaro-americano – considerado pela revista Forbes o 23.º empresário mais rico do mundo, com uma fortuna avaliada em 24,9 mil milhões de dólares (cerca de 22 mil milhões de dólares ao câmbio actual) – são seguidas com atenção por muitos investidores de Wall Street, que tentam por vezes ler nas suas movimentações alguns sinais sobre as tendências de mercado e as opções a tomar.

O financeiro e filantropo, de 85 anos, esteve mais afastado das opções diárias tomadas pelo grupo na praça nova-iorquina nos últimos anos, ainda que sem deixar de acompanhar as estratégias de investimento. Mas recentemente terá passado a estar presente nos escritórios com maior frequência, em contacto com os gestores, refere o Wall Street Journal.

O fraco crescimento da economia mundial, a volatilidade dos mercados financeiros que se acentuou este ano, a tendência de arrefecimento da China e a incerteza em que a Europa se encontra, a braços com uma crise migratória e, por ora, à espera do que acontecerá ao Reino Unido depois do referendo de 23 de Junho são algumas das preocupações que terão levado Soros a direccionar uma série de investimentos para um refúgio como o ouro.

O preço desta matéria-prima nos mercados internacionais subiu no início de Maio, atingindo um pico de 1304 dólares por onça, mas nas últimas semanas a cotação tem vindo a baixar, com os investidores à espera das decisões da Reserva Federal norte-americana, que na reunião de política monetária da próxima semana poderá decidir-se por uma subida das taxas de juro de referência.

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