EDP avança com tarifas bi-horárias no mercado livre a partir de Janeiro

Empresa de electricidade responde ao anúncio da Galp.

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A empresa liderada por António Mexia reagiu ao anúncio da Galp Adriano Miranda

A EDP vai disponibilizar a partir de Janeiro de 2013 tarifas bi-horárias no mercado livre, disse nesta sexta-feira o porta-voz da empresa à Lusa em resposta ao anúncio da Galp, que irá lançar o mesmo produto a partir de segunda-feira.

Questionado pela agência Lusa sobre a oferta da Galp, o porta-voz da EDP afirmou que a empresa "irá retomar a sua oferta comercial para bi-horário no mercado liberalizado a partir de Janeiro de 2013, bem como uma oferta tri-horária".

A mesma fonte adiantou que a EDP "tem cerca de 33 mil clientes em tarifa bi-horária no mercado liberalizado" e foi "pioneira na oferta neste segmento, tendo sido a primeira empresa a contratar clientes residenciais no mercado livre desde Setembro de 2006".

A Galp Energia anunciou que vai disponibilizar a partir de segunda-feira tarifas bi-horárias de electricidade no âmbito do mercado livre, reclamando para si que será o primeiro comercializador a avançar com este tipo de tarifas.

A empresa liderada por Manuel Ferreira de Oliveira comunicou que a sua oferta combinada Galp On terá uma factura única de gás natural com a tarifa bi-horária de electricidade, adiantando que "os clientes poderão usufruir das vantagens da tarifa bi-horária associando gás natural com um desconto de 5%, retirando os impostos e taxas legais em vigor".

A Galp refere também, no comunicado, que conta actualmente "com uma carteira de cerca de 70.000 clientes em mercado livre", sendo que, de acordo com o último relatório disponível sobre o mercado liberalizado da electricidade da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), em Setembro, "foi a empresa que mais aumentou a sua quota no mercado livre da electricidade, tanto em número de clientes, 14%, como em consumo, mais de 6%".

A possibilidade dos operadores de mercado livre de electricidade avançarem com tarifas bi-horárias acontece depois de o Governo ter legislado nesta matéria, principalmente na parte da factura relativa ao que é regulado, como os custos de interesse político e económico (CIEG).

O secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, alterou a lei, permitindo que a parte dos CIEG tivesse ao longo do dia horas de ponta e horas mortas, e consequentemente dando liberdade ao mercado livre de poder oferecer tarifas diferenciadas ao longo do dia.

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