Economia britânica pode ultrapassar a alemã em 2030

População em crescimento, regime fiscal mais atractivo e moeda própria favorecem o Reino Unido

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Cameron beneficia de conjuntura favorável

A economia britânica poderá tornar-se, no espaço de década e meia, na mais poderosa da Europa, destronando, assim, da liderança o actual motor económico do velho continente, a Alemanha.

A previsão é avançada pelo Centro de Pesquisa em Economia e Negócios (CEBR, na sigla em inglês) e apoia-se no facto de o Reino Unido dispor de condições de base que não têm réplica, actualmente, na Alemanha. Entre essas condições contam-se uma população em crescimento e um regime fiscal muito mais favorável do que o germânico.

O centro adianta que o facto de a Alemanha estar unida, pelo euro, aos países periféricos que enfrentam graves limitações financeiras, tornou-se num problema que não é sentido no Reino Unido, que mantém a sua própria moeda e, por isso, conseguiu evitar os impactos mais profundos da chamada crise da dívida.

Neste contexto, o CEBR adianta que a dimensão do produto interno bruto britânico superará o da Alemanha por volta de 2030. Mas o crescimento previsto para alguns dos países emergentes como o Brasil, a Índia e a Rússia, poderá fazer com que a economia do Reino Unido caia alguns lugares no ranking mundial.

“A Alemanha, teoricamente, deverá manter um bom desempenho económico no futuro próximo. Todavia, uma possível combinação de um baixo crescimento económico na zona euro, depreciação do euro, apoio a economias fragilizadas e tendências populacionais adversas faz crer que a Alemanha deverá perder a liderança europeia”, afirma o CEBR.

A maior economia do mundo é, actualmente, a dos Estados Unidos, seguida pela economia chinesa que, há dois anos, ultrapassou a dimensão do produto interno bruto japonês. Mas com ritmos de crescimento diferentes, é provável que, nas próximas décadas, o top-ten das economias sofra alguns abanões. A China, por exemplo, deverá ultrapassar a economia norte-americana já em 2018, e a Índia deverá superar o Japão no espaço de 15 anos.

O centro defende que a política anti-deflacionista lançada pelo primeiro-ministro Shinzo Abe (Abenomics) acabará por depreciar o yen com efeitos negativos sobre o desempenho económico japonês.
 
 

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