"É preciso falar de salários dignos", diz presidente da Associação de Empresas Familiares

Peter Villax, presidente da Associação de Empresas Familiares, diz que a precariedade é sintomática de uma "economia pobre".

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Para Peter Villax, não há razão para Portugal continuar com "níveis de crescimento anémicos". RG Rui Gaudencio - Publico

O presidente da Associação de Empresas Familiares (AEF), Peter Villax, considerou esta sexta-feira que as empresas não devem falar de salários mínimos, mas de "salários dignos", procurando encontrar condições de desenvolvimento e de investimento para que possam chegar a todos.

"Temos de ter políticas que favoreçam o investimento e o crescimento da nossa economia para todos podermos ter salários dignos e que permitam ter uma vida digna", afirma o presidente da AEF, em entrevista à agência Lusa. Para que isso aconteça, há que encontrar "condições de desenvolvimento e de investimento" que permitam alcançar os referidos "salários dignos", avalia o responsável. Para Peter Villax, não há razão para Portugal continuar com "níveis de crescimento anémicos". 

Segundo o responsável, os especialistas da criação de emprego e geração de investimento são os empresários e os gestores."Se quiserem criar emprego e aumentar investimento perguntem-nos a nós que somos os especialistas", disse à Lusa.

Questionado sobre os níveis de precariedade no sector que representa, Peter Villax refere que "a precariedade é uma resposta do mercado e é sintomático de uma economia pobre".

"Temos de resolver não através de legislação própria, mas através do desenvolvimento da nossa economia. Não podemos ter outro objectivo senão o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) a taxas de 3% ao ano ou mais", acrescenta. De acordo com Peter Villax, a AEF tem actualmente 300 associados e representa entre 60 a 70% do PIB português.

A 17 e 18 de Novembro, a associação – que celebrou recentemente 18 anos – organizará uma cimeira de empresas familiares ao nível europeu para discutir a unidade da Europa.

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