Douro Azul formaliza compra do navio Atlântida na sexta-feira

Negócio ficou fechado por 8,7 milhões de euros.

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Douro Azul, do empresário Mário Ferreira, vai transformar navio num barco-hotel NFACTOS/JORGE MIGUEL GONCALVES

É assinado nesta sexta-feira entre o Estado português, representado pela comissão liquidatária dos Estaleiros de Viana do Castelo, e a Douro Azul, de Mário Ferreira, o contrato de compra e venda do navio Atlântida. Um negócio de 8,7 milhões de euros (o barco está avaliado em 50 milhões).

O navio, um ferry-boat construído nos Estaleiros de Viana do Castelo por encomenda do Governo Regional dos Açores, foi recusado por não ter as condições técnicas adequadas para assegurar as ligações entre as ilhas do arquipélago (um nó de diferença na velocidade máxima atingida). 

O navio vai agora regressar aos Estaleiros de Viana do Castelo, cuja concessão foi entregue à Martifer, para ser remodelado e transformado num barco-hotel para cruzeiros a realizar no Rio Amazonas, com passagem pelo Brasil, Colômbia e Peru.

Segundo fonte ligada ao adquirente, o navio deverá chegar à Amazónia em Outubro de 2015 e ficar operacional em Janeiro de 2016. O contrato de compra e venda é assinado nesta sexta-feira pelas 11h em Almada, no Arsenal do Alfeite (Estaleiro de Construção, Reparação e Manutenção Naval).

Já esta semana a actual administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo rejeitou responsabilidades nos prejuízos causados aos contribuintes pelo contrato de construção do navio assinado com o Governo regional dos Açores, alegando que "tentou, sem sucesso, nos últimos três anos, renegociar com a Atlânticoline de forma a minimizar o impacto financeiro para os contribuintes, decorrentes da recusa do ferry Atlântida e do abandono da construção".

A rescisão, em 2009, do contrato assinado entre os Açores e os Estaleiros de Viana do Castelo, por denúncia da transportadora açoriana, terá gerado um prejuízo de 70 milhões de euros.

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