Dois administradores da Águas do Algarve considerados “adequados com limitações”

Falta de informação nos processos levou à ressalva da comissão encarregue de avaliar nomeações.

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Rita França

A comissão encarregue de avaliar a nomeação de gestores públicos encontrou “limitações” nos dois nomes escolhidos para vogais do conselho de administração da Águas do Algarve, mas não fez qualquer reserva ao nome de Carlos Manuel Martins, indigitado para presidente.

Em relação a Maria Isabel Soares, uma das vogais e ex-autarca de Silves, a Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (Cresap) remeteu para um parecer de 2012, por se tratar do mesmo cargo. Na altura, a comissão considerou a nomeação da responsável adequada, sugerindo, contudo, que frequentasse “acções de formação complementares na área da gestão e, particularmente, na de gestão de topo”. 

As limitações surgem no parecer agora divulgado por não haver indicação, “nem através do seu CV nem das respostas ao questionário de auto-avaliação”, de que a administradora tenha seguido a sugestão. Para além disso, a Cresap nota que “não há nada no processo sobre a forma como exerceu o seu mandato como vogal, desde 2012 até hoje”. 

Já em relação ao outro vogal, Jorge Manuel Torres, as limitações decorrem da falta de informação. “A personalidade em causa detém experiência de gestão de topo em diversas empresas do setor público e privado”, refere o parecer. “Acontece que acaba por prejudicar este stock de experiência pela fraca qualidade da resposta ao questionário de autoavaliação e pela reduzida informação constante no seu CV”. Sem a informação, refere o documento, “torna-se difícil a pronúncia sobre a solidez da sua credibilidade técnica”.

Por seu lado, na avaliação do nome de Carlos Manuel Martins para presidente, a Cresap considera que “a personalidade indigitada apresenta experiência na gestão executiva, tendo demonstrado claramente ao longo do seu percurso profissional possuir as competências de gestão exigidas, para além de conhecer muito bem o sector em causa”. 

Noutros pareceres também divulgados nesta quinta-feira, a Cresap considerou adequados os nomes indigitados para a administração do grupo Águas de Portugal e das empresas Águas de Lisboa e Vale do Tejo, Águas do Centro Litoral e Águas do Norte.

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