Diploma que aumenta descontos para a ADSE publicado hoje

Novas regras entram em vigor nesta terça-feira, mas o Ministério das Finanças garante que só tem efeitos práticos em Junho.

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Enfermeiros voltam às 35 horas Nuno Ferreira Santos

A lei que aumenta de 2,5% para 3,5% os descontos para a ADSE e para os subsistemas de saúde dos militares (ADM) e das forças de segurança (SAD) foi publicado nesta segunda-feira em Diário da República e entra em vigor amanhã. Mas o Ministério das Finanças garante que só partir de Junho os funcionários públicos e aposentados serão confrontado com as alterações.

Tal como adiantou ao PÚBLICO fonte oficial das Finanças, na semana passada, o diploma “não vai ter impactos em Maio”, uma vez que na maioria dos casos os salários já estão a ser processados. Os funcionários públicos, militares, polícias e aposentados sentirão “o primeiro impacto a partir de Junho”.

Depois de ter vetado a primeira versão do diploma, o Presidente da República, Cavaco Silva, ficou convencido com as pequenas alterações feitas pelos deputados da maioria e deu luz verde ao aumento dos descontos a 9 de Maio.

Quando vetou o diploma, Cavaco Silva argumentou que “não parece adequado” que aumento das contribuições "vise sobretudo consolidar as contas públicas". A maioria PSD/CDS introduziu uma norma a consignar as receitas dos descontos dos beneficiários à actividade da ADSE, afastando qualquer dúvida relativamente ao seu destino.

O aumento dos descontos afecta, no caso da ADSE, à volta de 855 mil beneficiários titulares (activos e aposentados), mas há que ressalvar que só são afectados os pensionistas com reformas acima dos 485 euros.

A oposição anunciou que vai enviar o diploma para o Tribunal Constitucional.

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