Deutsche Bank sobe 12% e dá impulso positivo ao sector financeiro europeu

Valorização acontece depois de o banco alemão ter garantido solidez financeira para reembolsar obrigacionistas.

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Acções do Deutscha Bank em forte recuperação na bolsa de alemã.

Os mercados accionistas europeus estão nesta quarta-feira a registar ganhos apreciáveis, em boa parte devido à recuperação do sector financeiro, que acompanha, embora com ganhos mais modestos, a forte valorização do Deutsche Bank, que às 11 horas subia mais de 12%.

A recuperação do maior banco alemão, depois de várias sessões de fortes desvalorizações, que agravam a perda acumulada desde o início do ano a mais de 40%, acontece depois das garantias dadas pela instituição de que tem solidez financeira para reembolsar os empréstimos obrigacionistas. De acordo com a edição desta quarta-feira do Financial Times, o banco terá mesmo mostrado disponibilidade para recomprar parte da dívida emitida.

A desconfiança dos investidores face à solidez financeira do banco agravou-se depois de a instituição ter anunciado prejuízos de 6,8 mil milhões de euros em 2015.

A queda dos últimos dias no sector financeiros europeus, que atirou os principais índices bolsistas europeus para mínimos do ano, foi influenciada pela forte desvalorização do Deutsche Bank, mas também pelo receio de fraco crescimento a nível mundial, o que limitará os resultados dos bancos.

A bolsa alemã sobe 2,3% (Dax), mas o maior ganho está a ser registado pelo espanhol Ibex 35, com uma valorização acima de 3,6%.

A bolsa de Lisboa sobe 2,18%, em linha com as valorizações de Paris e de Bruxelas. O FTSE 100, da bolsa londrina, segue a subir 1,14%.

Na praça portuguesa, e numa sessão de recuperação da generalidade dos títulos listados no PSI 20, o BCP ganha perto de 5% e o BPI 1,14%.

A ajudar à recuperação das bolsas está também a subida dos preços do petróleo, com o barril de brent, referência para a Europa, a subir 2,94% para 31,22 dólares e o crude a ganhar 2,5% para 28,63 dólares.

No mercado da dívida também se nota maior optimismo dos investidores. Depois das recentes subidas para máximos desde 2014, os juros da dívida portuguesa seguem a cair em todos os prazos, acompanhando a tendência verificada nos restantes países do Sul da Europa.

No prazo a dez anos, as obrigações nacionais estavam esta manhã a descer para 3,536%, contra 3,659%, um máximo desde Agosto de 2014.

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