Desemprego em Portugal regista a segunda maior descida na União Europeia

Eurostat dá conta de uma taxa de desempego de 15,3% em Janeiro, acima dos 12% da zona euro e dos 10,8% do conjunto da União Europeia.

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Cortes nos subsídios de desemprego e de doença serão repostos Daniel Rocha

O desemprego em Portugal registou, em Janeiro, a segunda maior descida homóloga da União Europeia. A taxa de desemprego fixou-se nos 15,3%, tendo registado um recuo de 2,3 pontos face aos 17,6% verificados no período homólogo. Só a Letónia teve um recuo mais acentuado. Ainda assim Portugal continua a ter um nível de desemprego muito superior ao da União Europeia (10,8%) e ao da zona euro (12%).

De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat, a taxa de desemprego em Portugal manteve-se estável em relação a Dezembro, interrompendo dez meses de queda consecutiva. O organismo estatístico da União Europeia reviu em baixa as estimativas de Dezembro, mês em que a taxa foi de 15,3%, em vez dos 15,4% anteriormente avançados.

Ao todo, Portugal tinha 814 mil desempregados, menos 122 mil do que há um ano atrás.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, a taxa de desemprego estabilizou na zona euro e caiu ligeiramente, de 11% para 10,8%, no conjunto da União Europeia.

As maiores subidas registaram-se em Chipre (14,4% para 16,8%), Grécia (26,3% para 28,0% entre Novembro de 2012 e Novembro de 2013), Croácia (17,4% para 18,8%), Itália (11,8% para 12,9%) e na Holanda (6% para 7,1%).

As maiores descidas verificaram-se na Letónia (14,3% para11,5% entre o último trimestre de 2012 e o de 2013), Portugal (17,6% para 15,3%), Hungria (11,1% para 8,8% entre Dezembro de 2012 e de 2013), Irlanda (13,8% para 11,9%) e Lituânia (12,8% para 11,3%).

A taxa de desemprego jovem recuou de 40,3% para 34,7% na comparação anual e agravou-se ligeiramente face aos 34,4% registados em Novembro. Mais uma vez, Portugal tem uma taxa superior à média da zona euro (24%) e da União Europeia (23,4%).

O Eurostat dá conta de 5,5 milhões de desempregados com menos de 25 anos em toda a Europa, dos quais 3,5 milhões nos países do euro. As taxas mais baixas foram observadas na Alemanha (7,6%), Áustria (10,5%) e na Holanda (11,1%) e as mais elevadas na Grécia (59% em Novembro de 2013), Espanha (54,6%) e Croácia (49,8% no quarto trimestre de 2013).

A taxa de desemprego apurada pelo Eurostat é apurada tendo em conta os dados trimestrais apurados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e a evolução dos desempregados inscritos nos centros de emprego.

Também o INE  vai passar a divulgar estatísticas mensais do desemprego. A publicação dos primeiros resultados, que não acontecerá antes de Maio, será feita com base numa nova metodologia articulada com o Eurostat.

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