O número de desempregados em Espanha desceu pelo terceiro mês consecutivo atingindo, em Maio, 4.890.928 pessoas, menos 98.265 em comparação com o mês anterior. De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo ministério espanhol do Emprego e Segurança Social esta é a maior queda registada num mês de Maio.

“Os dados mantêm a tendência de travão no ritmo de aumento do desemprego registado já que, desde Maio de 2012, a taxa interanual diminuiu quase nove pontos”, refere a secretária de Estado do Emprego, Engracia Hidalgo, em comunicado.

A maior descida no número de desempregado, num mês tradicionalmente “bom para o emprego”, registou-se no sector agrícola (queda de 4,56%), seguido da construção (- 2,51%) e dos serviços (-1,97%). Foi entre os homens que se verificou maior diminuição (-2,48% que compara com uma queda de desemprego entre as mulheres de -1,47%).

Entre os jovens com menos de 25 anos houve uma redução de 3,53%, que corresponde a 16.735 pessoas face a Abril. Em termos anuais, a queda acumulada dos últimos 12 meses foi de 6,59%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) veio dizer, na segunda-feira, que Espanha está a cumprir os objectivos definidos no programa de resgate financeiro da banca. Contudo, deixou um aviso: os riscos que a economia enfrenta obrigam a manter a vigilância sobre as instituições financeiras.

Como prioridade, entende o FMI, o Governo deve manter uma monitorização “pró-activa da saúde do sector financeiro, acompanhada de uma forte supervisão” de todo o processo de reestruturação e recapitalização, que implicou a concentração e a nacionalização de caixas de aforro e de bancos (como foi o caso do grupo Bankia, que recebeu uma injecção de 22 mil milhões de euros do Estado).