A delegação da zona centro do Ministério da Agricultura vai dispensar 214 funcionários, ficando com menos 27 por cento de efectivos face ao actual quadro de pessoal, que se eleva a 805 elementos.

As duas direcções regionais da Agricultura afectadas pelo programa de mobilidade especial têm a designação de Beira Litoral e de Beira Interior e no futuro irão dar lugar a uma única estrutura, com a designação de Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, com instalações centrais em Castelo Branco.

A nova estrutura de serviços vai ter 591 funcionários, contra os actuais 805 elementos divididos pelas duas direcções regionais.

O despacho do novo director regional, Rui Moreira, indica apenas que o processo de reafectação de pessoal à nova estrutura, a DRAPC, e dos que passam à situação de mobilidade especial deverá estar concluído nas próximas 24 horas.

Para Marly Antunes, do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública, os cortes no pessoal vão "ao arrepio do que seria natural", porque "afasta os serviços dos cidadãos".

A sindicalista observa ainda que a actual situação é um "claro ataque aos direitos sociais", porque "quando se ataca a função pública desta maneira, significa que se está a declarar guerra à função pública enquanto prestadora de funções sociais".