Cristina Casalinho nomeada para liderar IGCP

O anterior presidente da agência que gere a dívida pública saiu para o BES.

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João Moreira Rato era o anterior presidente Miguel Manso

A vogal do IGCP, agência que gere a dívida pública portuguesa, Cristina Casalinho foi nomeada para presidente do organismo, substituindo João Moreira Rato, que saiu para o Banco Espírito Santo (BES), disse à agência Lusa fonte da tutela.

Fonte oficial do Ministério das Finanças afirmou que a nomeação de Cristina Casalinho está ainda sujeita à aprovação por parte da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).

João Moreira Rato, que era desde setembro de 2012 presidente do Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP), assumiu o cargo de administrador financeiro do BES a 14 de Julho, numa altura conturbada para o banco, devido à polémica sucessão do presidente histórico, Ricardo Salgado, e às irregularidades detetadas no Grupo Espírito Santo (GES).

Cristina Casalinho é actualmente uma das vogais do IGCP, a par de Alberto Pontes Correia, e deverá ocupar o cargo de presidente do instituto, estando ainda por definir os vogais do conselho de administração da agência que gere a dívida pública portuguesa.

Nascida em agosto de 1968, Cristina Casalinho é licenciada em Economia pela Universidade Católica e, antes de integrar o IGCP, teve uma carreira ligada à banca. Entre 1991 e 1992 foi estagiária técnica do Departamento de Estatísticas e Estudos Económicos do Banco de Portugal, tendo passado para o BPI em 1992 como analista financeira, posição que ocupou até 1997. Nesse ano, passou a ser trader na área de produtos estruturados (derivados), integrando o departamento financeiro do banco e, em 2001, assumiu o cargo de economista-chefe do BPI.

 A estratégia de gestão da dívida pública portuguesa definida pelo antigo presidente do IGCP, João Moreira Rato, para o financiamento do Estado passava por garantir no final deste ano cerca de dois terços das necessidades de financiamento de 2015, uma estratégia que pretendia replicar nos anos seguintes.
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