Controladores aéreos franceses convocam greve para 3, 4 e 5 de Junho

esta quinta feira, 26, os controladores páram por um dia. Só a Ryanair anunciou ter sido obrigada a cancelar 70 voos com origem ou destino em França

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PÚBLICO/Arquivo

Os sindicatos dos controladores aéreos franceses anunciaram a convocação de uma greve para os dias 3, 4 e 5 de Junho, para pressionar a negociação do seu acordo colectivo de trabalho, indicou a Direcção-Geral da Aviação Civil (DGAC) francesa.

Os representantes dos controladores querem desta vez protestar em particular contra a redução de efectivos que se tem verificado desde há cerca de 10 anos, o que, em seu entender, impede que desempenhem as funções com todas as garantias, explicou em comunicado a união sindical USAC-CGT.

O principal sindicato dos controladores aéreos considerou "intolerável" essa redução de pessoal por não permitir "garantir a defesa das condições de emprego dos agentes e a manutenção de um serviço público de alto nível". Um porta-voz da DGAC disse à agência Efe que no próximo dia 31 haverá uma reunião técnica sobre o acordo colectivo para o período 2016-2018 e que só depois se poderá confirmar se a greve terá lugar e o seu impacto no tráfego aéreo.

Para esta quinta-feira, dia 26, está marcada uma outra greve, neste caso contra a reforma laboral do Governo francês, como aconteceu na quinta-feira passada.

A DGAC pediu às companhias aéreas para reduzirem em 15% os voos para o aeroporto de Orly, em Paris, e indicou que são esperadas perturbações no resto do país

Por causa destes protestos, a Ryanair informou ter cancelado mais de 70 voos nesta quinta feira, e que tinham origem e destino em França. Em comunicado, a transportadora de baixo custo critica a "greve injustificada", considerando que demonstra "como um pequeno sindicato francês pode mais uma vez perturbar os céus da Europa, incluindo milhares de voos desde o Reino Unido, Irlanda, Espanha e Itália - nenhum dos quais pode descolar ou aterrar em França -- e afectando centenas de milhares de passageiros".

A Ryanair apelou à Comissão Europeia para que sejam tomadas medidas imediatas que evitem que milhares de cidadãos Europeus tenham os seus voos cancelados ou atrasados devido às greves contínuas de pequenos sindicatos de Controladores de Tráfego Aéreo (CTA).

 

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