Confiança dos consumidores está em máximos de 12 anos

As famílias estão mais confiantes, mas o indicador que mede a confiança dos empresários estabilizou pelo segundo mês consecutivo.

Foto
Consumidores têm melhores expectativas sobre a evolução financeira dos seus agregados familiares Foto: Enric Vives-Rubio/PÚBLICO

A confiança das famílias está ao nível mais alto desde 2002, indicam os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo o INE, o indicador que mede a confiança dos consumidores aumentou ligeiramente em Outubro, prolongando a acentuada tendência ascendente registada desde o início do ano passado e atingiu o valor mais alto desde Maio de 2002.

O instituto estatístico atribui a recuperação do indicador de confiança dos consumidores nos últimos dois meses ao “contributo positivo das expectativas sobre a evolução da situação financeira do agregado familiar e da situação económica do país”. Em menor grau contribuíram "as perspectivas de evolução da poupança”, enquanto as expectativas relativas à evolução do desemprego pesaram negativamente na evolução do indicador.

O INE destaca ainda que o indicador de clima económico, que mede a confiança das empresas, estabilizou pelo segundo mês consecutivo no valor máximo desde Julho de 2008, interrompendo a trajectória ascendente que vinha registando desde Janeiro de 2013.

Este mês o indicador de confiança aumentou na indústria transformadora, na construção e obras públicas e no comércio, mas diminuiu nos serviços. Segundo o INE, a confiança na indústria transformadora atingiu em Outubro o máximo desde Agosto de 2008. Para esta evolução contribuíram as opiniões dos empresários sobre a procura global e as perspectivas de produção.

Também a evolução das carteiras de encomendas e as perspectivas de emprego fizeram avançar o indicador na actividade de construção e obras públicas. Mas se no comércio os empresários se mostraram mais confiantes quanto ao volume de vendas, o indicador de confiança dos serviços diminuiu devido ao agravamento das apreciações sobre a evolução da carteira de encomendas e sobre a actividade da empresa, ainda que as perspectivas de evolução da procura tenham recuperado.

 

Sugerir correcção
Ler 1 comentários