CMVM: emigrantes vão receber mais informação do Novo Banco até terça-feira

O regulador de mercado assegura que "todos os clientes terão a possibilidade de tomar uma decisão, incluindo a de reformular a sua decisão original".

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Os lesados do BES voltaram às ruas no passado dia 27 de Agosto. AFP PHOTO / PATRICIA DE MELO MOREIRA

A CMVM disse nesta quinta-feira que o Novo Banco vai enviar até à próxima terça-feira informação detalhada aos clientes emigrantes sobre a solução proposta para que possam reaver as poupanças aplicadas no BES.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, o regulador dos mercados financeiros afirmou ainda que, depois de recebida essa informação, "todos os clientes terão a possibilidade de tomar uma decisão, incluindo a de reformular a sua decisão original", sendo que para isso deverão informar o Novo Banco até ao dia 18 de Setembro.

O Novo Banco fez em Julho uma proposta aos clientes não residentes que subscreveram séries comerciais sobre acções preferenciais comercializadas pelo BES para que venham a receber o capital investido, de forma faseada.

Os emigrantes têm reclamado o dinheiro investido, afirmando que se sentem lesados porque sempre quiseram aplicar as poupanças em depósitos a prazo (com capital e juro garantidos) e que foram os gestores do BES que aplicaram o dinheiro em acções preferenciais, sem o seu conhecimento.

A solução comercial proposta agora pelo Novo Banco prevê a assinatura prévia dos clientes para que o Novo Banco e o Credit Suisse possam anular os veículos financeiros.

Só depois será possível avançar com a proposta que garante pelo menos 60% do capital investido, e liquidez se essa for a opção, assim como um depósito anual crescente a seis anos, que prevê recuperar no mínimo 90% do capital investido.

Segundo a informação dada pelo Novo Banco, até quarta-feira da semana passada mais de 50% dos emigrantes aceitaram a proposta, o que corresponde a mais de 3500 dos 7000 clientes. Ao total dos clientes em causa correspondem aplicações no valor global de 720 milhões de euros.

A Lusa pediu informação mais recente ao Novo Banco sobre o nível de adesão, mas até ao momento não obteve resposta.

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