CGTP reafirma oposição a nova redução das indemnizações por despedimento

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Arménio Carlos diz que o Governo está a conduzir o país ao desastre económico Nuno Ferreira Santos

O líder da CGTP, Arménio Carlos, considerou que “uma segunda redução das indemnizações por despedimento”, que o Governo propôs, “vai levar à acentuação de uma transferência directa do rendimento do trabalho para o capital”.

“Quando nos dizem que temos de nos aproximar da média europeia, é caso para dizer que esta é uma proposta que nos afasta, e a grande velocidade, da média europeia”, argumentou Arménio Carlos, depois de fechar o debate sobre o tema “Defender o Serviço Nacional de Saúde Universal, Geral e Gratuito”, que a CGTP promoveu hoje, no Porto.

O Governo pretende reduzir as compensações por despedimento de 20 para 12 dias de trabalho por ano, o que a central sindical contesta.

A CGTP diz que fez contas com base num “salário médio de 975 euros aplicado em vários países” do euro e que concluiu que, se essa proposta vingar, “os trabalhadores portugueses ficarão com uma indemnização equivalente a 12% do que recebe um trabalhador irlandês e um alemão e entre 19 e 30% do que recebe um espanhol.

“Reafirmamos duas ideias: que o cálculo (para a indemnização) passe a ser feito com base na retribuição que envolve todas as matérias, como subsídios e prémios, como acontece em Espanha”, explicou Arménio Carlos.

Em segundo lugar, a central defende “que a aproximação se faça pela via do valor médio da indemnização que é paga na Europa”.

“Se fizerem isto vão concluir que os trabalhadores portugueses têm que receber muito mais do que aquilo que estão a receber”, completou o sindicalista.De outro modo, considerou que “é mais uma forma de reduzir os rendimentos dos trabalhadores e já agora de beneficiar a outra parte - parece-nos que benefícios para a outra parte já há muitos”.

 

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