CGTP quer aumentos de 4% nos salários em 2017

Central sindical aprovou proposta reivindicativa para o próximo ano onde também defende subida do salário mínimo para 600 euros

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CGTP, liderada por Arménio Carlos, recuperou reivindicações apresentadas há um ano Arménio Carlos

A CGTP aprovou nesta quarta-feira a sua proposta reivindicativa para 2017, que prevê aumentos salariais de 4%, que garantam um mínimo de 40 euros a cada trabalhador, e o aumento do salário mínimo nacional (SMN) para os 600 euros.

O documento que define as prioridades da política reivindicativa da Intersindical para o próximo ano foi aprovado pelo Conselho Nacional e recuperou as principais reivindicações apresentadas há um ano. A valorização dos salários e o combate à pobreza e à exclusão social são os pontos fortes da proposta reivindicativa que vai servir de referência aos sindicatos da CGTP.

Para a Intersindical, um aumento de 4% será um "elemento estruturante para uma mais justa repartição da riqueza, a dinamização da economia e a criação de emprego". Na proposta reivindicativa a central sindical salienta a quebra verificada no peso dos salários nos últimos 15 anos, passando de 37,4% do valor do PIB em 2000, para 33,6% em 2015.

Citando dados do INE, a CGTP refere ainda que os salários caíram 8% entre 2010 e 2015, ao mesmo tempo que a inflação cresceu 8,4% e a produtividade aumentou 4,5%. Segundo a central sindical, que refere um relatório do Governo, 36% dos novos contratos de trabalho são feitos com base numa remuneração igual ao SMN, que é actualmente de 530 euros.

A reposição de direitos, o combate à precariedade, a redução do horário de trabalho e o respeito pela contratação colectiva são outras das reivindicações defendidas pela Inter na sua proposta.

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