CGTP muda manifestação de Belém para Largo de Camões

Central sindical diz existirem “razões acrescidas” para a mobilização neste sábado. Alteração de local em Lisboa ditado pela posse de Governo PS por Cavaco Silva.

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Arménio Carlos garante a segurança do protesto Enric Vives-Rubio

A CGTP alterou o local da manifestação marcada para este sábado, em Lisboa, de Belém para o Largo de Camões, no centro da cidade. De acordo com o secretário-geral da central sindical, a mudança é ditada pelo facto de o Presidente da República, Cavaco Silva, ter agendado para esta quinta-feira a tomada de posse do governo socialista. Liderado por António Costa, o novo executivo conta, para já, com o apoio das bancadas parlamentares do PCP, de Os Verdes e do Bloco de Esquerda.

Quando foi inicialmente convocada a manifestação, que irá ocorrer também no Porto (Praça da Batalha) e em Braga (Arcada), o Presidente da República ainda não tinha clarificado se ia ou não dar posse a um governo do PS.

Agora que essa questão ficou esclarecida, a CGTP considera que já não se justifica a concentração em Belém, nas imediações da Presidência da República, apostando assim no Largo de Camões (um espaço onde é mais fácil concentrar os manifestantes).

Numa circular, a central sindical declara que este sábado é “o dia certo” para sair à rua, e, assim, “festejar em conjunto a queda definitiva do Governo PSD-CDS”. Ao mesmo tempo, diz, é uma oportunidade para “exigir uma mudança de políticas que respondam às propostas e reivindicações da CGTP-IN e dos trabalhadores”.    

Ao PÚBLICO, Arménio Carlos, secretário-geral da central sindical, explicou que a manifestação se mantém porque “neste momento é fundamental a participação cívica dos trabalhadores e dos cidadãos, para exprimirem a sua vontade de mudança e para influenciarem essa mudança”.

“Este é um momento muito especial na vida dos portugueses. Primeiro porque este é um Governo que resulta de uma nova maioria de deputados na Assembleia da República. Em segundo lugar, porque é fundamental que esta mudança tenha um sentido prático que dê resposta às necessidades e aos anseios dos trabalhadores. Mais do que estarmos à espera do que vai acontecer, entendemos que os trabalhadores e o povo devem continuar a ser os protagonistas”, acrescentou o líder da CGTP.

A última manifestação convocada pela CGTP coincidiu com a votação da moção de rejeição do Governo da coligação PSD/CDS-PP, no dia 10 de Novembro.

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