CGTP faz balanço "extremamente positivo" de Jornada de Indignação e Luta

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Foi a primeira reunião de Arménio Carlos com o Presidente desde que foi eleito líder da central sindical Nuno Ferreira Santos

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, fez nesta quinta-feira um balanço “extremamente positivo” da Jornada de Indignação e Luta que decorre em vários pontos do país, com paralisações e plenários em diversas empresas contra a perda de direitos.

Em declarações à agência Lusa, no final de uma manifestação que juntou centenas de trabalhadores em Almada, Arménio Carlos citou os casos da Petrogal, na Refinaria de Sines, da Sonae Logística, na Azambuja, e do Arsenal do Alfeite, em Almada, que paralisou hoje de manhã.

A Jornada de Indignação e Luta da CGTP decorre a nível nacional, com uma “forte participação dos trabalhadores”, segundo Arménio Carlos, sendo decididas em cada local as formas de adesão, que podem passar por paralisar uma hora ou o turno inteiro.

Centenas de trabalhadores fizeram nesta quinta-feira de manhã um desfile na Cova da Piedade, seguindo para Almada, no âmbito do Dia Nacional de Indignação, Acção e Luta da CGTP que decorre em vários pontos do país.

A acção teve início cerca das 9h45, depois de terminado um plenário de trabalhadores do Arsenal do Alfeite, que incorporaram a manifestação contra a privatização de serviços, pelo horário das 35 horas de trabalho, a reposição dos salários “roubados” e a defesa e melhoria dos serviços públicos prestados à população, que seguiu em direcção a Almada, onde o secretário-geral da CGTP-In, Arménio Carlos, se juntou ao protesto.

Ao desfile em Almada, juntaram-se os trabalhadores da Administração Local, numa iniciativa que teve o apoio do presidente da câmara, Joaquim Judas (CDU).

“É um pouco isto o que se está a passar por todo o país, nas várias regiões, sempre com a discussão em torno de três grandes objectivos: a exigência do aumento dos salários, no sentido de haver uma distribuição mais justa da riqueza, a afirmação do emprego de qualidade, como elemento estruturante para desenvolver o país, e a rejeição do Orçamento do Estado”, declarou Arménio Carlos.

Segundo o líder da CGTP, uma das grandes reivindicações nas acções que hoje se realizam em todo o país é a integração nos quadros de efectivos dos trabalhadores com vínculo precário.

“Estas três componentes têm sido determinantes para o apoio que estamos a sentir em todo o país”, afirmou.

Para fazer face às medidas de austeridades contidas no Orçamento do Estado para 2015, a CGTP volta a levar os trabalhadores até à Assembleia da República no dia 25 deste mês, data da aprovação final do documento.

“Vamos estar nessa manhã na Assembleia da [República] para concluir uma marcha nacional que vai ter inicio no dia 21 em Braga e também no Algarve e que depois em todos os outros dias vai ter passagem pelos outros distritos, nomeadamente no dia 22 no Porto e assim sucessivamente, para no dia 25 dizer à maioria que podem votar o Orçamento, mas os trabalhadores e o povo vão todos os dias, a todas as horas, rejeitá-lo, porque é um Orçamento de continuidade da 'troika', que afunda a economia do país e está de costas voltadas para aqueles que produzem riqueza e desenvolvem o país”, declarou.

 

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