CGTP anuncia "Dia Nacional de Indignação, Acção e Luta" para 13 de Novembro

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Protesto começou na Rotunda da Boavista e desceu até à Estação de São Bento. Nelson Garrido

A CGTP anunciou nesta terça-feira um "Dia Nacional de Indignação, Acção e Luta" para 13 de Novembro, em defesa do aumento dos salários, estabilidade do emprego, reposição dos direitos laborais e contra as políticas do Governo.

A decisão foi tomada pelo Conselho Nacional da Intersindical, depois de analisados os resultados da quinzena de "informação, reivindicação e luta", que terminou no domingo e permitiu auscultar milhares de trabalhadores.

A CGTP marcou ainda uma marcha nacional para Novembro, em data a definir, próxima da discussão e votação do Orçamento do Estado para 2015 (OE2015), que deverá incluir iniciativas de protesto por todo o país, que culminarão numa acção geral em Lisboa.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, explicou, em conferência de imprensa, que o dia de luta de 13 de Novembro deverá integrar greves, parciais ou totais, no sector público e no privado, cujos contornos serão definidos nos respectivos sectores ou empresas.

O aumento geral dos salários, a reposição do horário de trabalho de 35 horas na administração pública, a reposição dos dias feriados e de férias retirados são algumas das reivindicações subjacentes ao dia de protesto nacional, que mantém a exigência de demissão do Governo e a realização de eleições antecipadas.

"Cada dia com este Governo, significa mais instabilidade e insegurança dos trabalhadores", justificou Arménio Carlos.

Na segunda quinzena de Novembro, a acompanhar a discussão do Orçamento do Estado (OE) para 2015, vão decorrer acções de luta nos locais de trabalho ou manifestações de rua, nas várias regiões do país, que terminarão com uma marcha, provavelmente junto ao parlamento, em Lisboa, na data da votação do OE.

"Vamos avançar com esta iniciativa porque acreditamos que o Governo vai apresentar um OE em que vai tentar esconder os cortes que vão ser aplicados aos trabalhadores e pensionistas e passar a ideia de que está a reduzir os sacrifícios", disse Arménio Carlos.

A CGTP prometeu analisar e desmontar a proposta de OE para que as pessoas não fiquem iludidas.

"Este OE vai ter um tratamento especial por parte da CGTP, tanto ao nível a sua análise e desmontagem como de contestação", afirmou o líder da intersindical.

Segundo Arménio Carlos a Inter vai ainda fazer um levantamento dos cortes que foram aplicados pelo actual Governo ao longo dos últimos três anos, nomeadamente nos salários e pensões no apoio aos desempregados e nos direitos dos trabalhadores da administração Pública.

 

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