Os centros de emprego vão passar a ter senhas de atendimento electrónicas. A medida, contida no Simplex apresentado nesta quinta-feira,  vai aproveitar a aplicação Mapa do Cidadão, onde já é possível pedir senhas electrónicas para os serviços que estão presentes nas Lojas do Cidadão, e deverá estar disponível até ao final de Junho.

O objectivo principal é diminuir a “morosidade nos tempos de resposta e atendimento nos processos administrativos”.

Até ao final do ano, será ainda desenvolvida uma aplicação do Sistema de Gestão de Filas de Espera (SIGA) que permitirá a emissão de senhas de atendimento digitais para a Segurança Social, Lojas do Cidadão, Instituto do Emprego e Formação Profissional, Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social e parte do Instituto dos Registos e Notariado. A intenção é gerir o fluxo de utentes que se deslocam aos locais de atendimento destes organismos, dando ao utente a indicação do estado da fila de espera.

Outra iniciativa, que já constava do programa de Governo, é o “balcão único do emprego”. A ideia é concentrar num único espaço físico e/ou plataforma digital todas as interacções dos desempregados e dos empregadores no processo de procura e oferta de emprego.

Este balcão, lê-se na apresentação do Simplex, vai conter um conjunto de medidas, designadamente a ”desmaterialização de interacções entre cidadãos, empresas e serviços públicos de emprego (tais como inscrições/candidaturas online, documentos digitais, disponibilização de informação e mecanismos de pesquisa no portal NETEmprego". No entanto, a medida só deverá estar implementada no primeiro trimestre de 2018.

Ainda na área do ministro Vieira da Silva, prevê-se, no início de 2017 a simplificação do pagamento de dívidas à Segurança Social. A medida já tinha sido apresentada no início desta semana pelo ministro Vieira da Silva no âmbito do plano de combate à fraude e evasão contributiva. Assim, serão disponibilizadas online algumas funcionalidades como a consulta da situação contributiva e a possibilidade de gestão de dívida pelos cidadãos e pelas empresas; assim como a gestão dos planos de pagamento. Há ainda a intenção de se proceder à troca de informações com o Banco de Portugal, “para evitar a penhora de todas as contas bancárias (quando não seja necessário) e simplificando o levantamento de penhoras”.

No final do próximo, deverá ser possível o acesso automático às prestações familiares, sem necessidade de ir aos balcões dos serviços de Segurança Social.