Cavaco Silva pede atenção para os prejudicados com a crise económica do país

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Cavaco defende que o esforço de modernização da economia portuguesa deve continuar para enfrentar a concorrência dos outros países Enric Vives-Rubio (arquivo)

O Presidente da República, Cavaco Silva, afirmou hoje que o país não pode parar o esforço de modernização mas considerou que, neste momento, deve ser dada uma atenção particular às pessoas que estão a ser prejudicadas pela crise económica.

Questionado à margem da inauguração de uma escola básica no Cadaval sobre os números do crescimento económico revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o crescimento da economia portuguesa no primeiro trimestre, Cavaco Silva admitiu que se trata de "números desfavoráveis. “Eu sempre disse que seria muito difícil a Portugal escapar aos efeitos negativos da crise financeira internacional", afirmou o chefe de Estado.

Segundo o INE, a economia portuguesa abrandou no primeiro trimestre de 2008 apresentando um crescimento real de 0,9 por cento em termos homólogos, menos nove décimas que o valor apurado no trimestre anterior.

"Não digo que a situação seja de emergência mas penso que é preciso um olhar muito particular para aqueles que na nossa sociedade estão a ser atingidos de forma particular por esta crise económica que, vindo do exterior, também nos está a atingir", frisou o Presidente da República.

Cavaco Silva diz ser necessária uma especial atenção com aqueles "que são atingidos pela crise, em particular os que perdem o seu emprego e aqueles que têm mais dificuldade para, face ao aumento dos preços dos produtos alimentares, assegurarem uma alimentação condigna".

O chefe de Estado referiu as subidas das taxas de juro, a subida do preço do petróleo, subida do preço dos cereais, o abrandamento das economias europeias defendendo que apesar da crise o país não pode parar o esforço de modernização. "Não podemos parar o esforço de modernização da economia portuguesa para podermos enfrentar a concorrência dos outros países que é muito forte", sublinhou.

Para o Presidente da República a existência de "alguma alteração estrutural" que "tem vindo a ocorrer na economia portuguesa" poderá dar-lhe "um pouco mais de resistência face aos efeitos negativos da crise financeira".

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