Carris reforça autocarros para responder à greve do metro

Metro de Lisboa encerra quarta-feira a partir das 23h20 e reabre na sexta-feira a partir das reabre às 6h30.

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Enric Vives-Rubio

O metro de Lisboa vai estar encerrado entre as 23h20 de quarta-feira e as 6h30 de sexta-feira, devido a uma greve convocada pelos trabalhadores, que contestam a subconcessão da empresa a privados. A empresa avisa que a Carris vai reforçar algumas das carreiras que coincidem com os eixos servidos pelo metro, entre as 6h30 de quarta-feira e as 21h00 de quinta-feira.

Será reforçado o número de autocarros nas carreiras 726 (entre Sapadores e Pontinha Centro), 736 (entre Cais do Sodré e Odivelas/Bairro Dr. Lima Pimentel), 744 (entre Marquês de Pombal e Moscavide/Quinta Laranjeiras) e 746 (entre Marquês de Pombal e Estação Damaia).

O tribunal arbitral não marcou serviços mínimos para a greve no metro, justificando a decisão com o facto de existirem em Lisboa meios de transporte alternativos e de não haver coincidência com outras greves nos transportes na mesma área geográfica.

O pré-aviso de greve foi entregue pela Fectrans (a Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações) e abrange também alguns sindicatos independentes, como o sindicato dos maquinistas do metro e o sindicato dos quadros do sector ferroviário. Ao contrário do que tem sido hábito, o Sitra, da UGT, não entregou pré-aviso de greve e não vai participar no protesto.

Esta é a sétima greve convocada pelos trabalhadores do Metro desde o início do ano, em protesto contra a subconcessão do Metropolitano de Lisboa.

Nesta segunda-feira, o Governo recebeu propostas de cinco candidatos para as subconcessões da Carris e da Metro de Lisboa.

Em causa estão a britânica National Express (que opera também em Espanha e Marrocos), a espanhola Avanza (o primeiro operador privado de transportes públicos na área metropolitana de Madrid) e a Transportes de Paris (a RATP, que explora parte dos transportes colectivos da região de Paris) que apresentaram propostas para explorar a operação de ambas as transportadoras da área de Lisboa.

O consórcio constituído pela Barraqueiro (detida por Humberto Pedrosa, que na semana passada ganhou a concessão da TAP, em conjunto com David Neeleman, dono da Azul) e pela catalã TCC (que ganhou, em conjunto com outra empresa, a concessão do metro do Porto para os próximos 10 anos) mostrou-se interessado na subconcessão da Carris.

A francesaTransdev, que já opera no transporte rodoviário de passageiros em Portugal, nomeadamente através da Citi Express e da participação na Rede Nacional de Expressos, e que até Março de 2010 foi responsável pela exploração da rede de Metro do Porto, candidatou-se à subconcessão da Metro de Lisboa.

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