Carlos Moedas: Portugal “não precisa de novo resgate”

O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro refere exportações como exemplo da recuperação da economia portuguesa.

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Carlos Moedas alerta para a necessidade de mecanismos supra-nacionais de controlo do orçamento dos Estados na Zona Euro Fernando Veludo

Em resposta ao artigo publicado pelo Financial Times na passada sexta-feira que questionava se Portugal necessitaria de um segundo programa de ajustamento, Moedas rejeita esta tese, uma vez que, diz, depois das reformas, a economia portuguesa é mais “sustentável e eficiente”.

Para Carlos Moedas, Portugal não precisa de outro programa, mas sim que haja “um rápido acordo” sobre “uma verdadeira união bancária”, o que “ajudaria a reparar a transmissão da política monetária na zona euro e aliviar o fardo da dívida”.

No artigo publicado na sexta-feira pelo Financial Times, é levantada a dúvida sobre o sucesso do programa de ajustamento português e sobre a capacidade de o país regressar aos mercados pelo seu próprio pé.

No entanto, o secretário de Estado escreve que o artigo “falha” em compreender a “transformação” operada no processo de “modernização da economia” e a solidificação das finanças e “atrair investimento” para “estimular o crescimento duradouro”.

Carlos Moedas aponta indicadores como o saldo positivo da conta corrente, justificado pelo “excelente desempenho” do sector das exportações. O governante prevê ainda que Portugal atinja o “equilíbrio orçamental primário” em 2014.

Para além das reformas na economia, que “tornam mais fácil abrir um negócio”, Carlos Moedas aponta a “estabilidade governativa” como condição privilegiada para cumprir o programa acordado com a troika sem precisar de um novo.

Moedas refere ainda que o Tribunal Constitucional “tem todo o direito e dever de defender a Constituição do país” e realça que “o Governo está a trabalhar dentro dos limites da Constituição para assegurar que o esforço necessário para retirar o país da crise seja repartido (…)”.

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