“Capital estrangeiro é bem-vindo”, afirma presidente dos CTT

Francisco Lacerda foi confirmado como líder dos correios pelo ministro da Economia.

Em entrevista ao PÚBLICO, no final da apresentação de resultados da operação de venda dos correios, o presidente dos CTT referiu que a forte entrada de accionistas estrangeiros no capital dos CTT, que passam a deter 43,3% da empresa, "é uma prova do interesse que os investidores tiveram nesta operação".

Como avalia o peso que passam a ter os investidores estrangeiros no capital dos CTT?
Avalio muito positivamente, porque, sendo uma operação que tinha por objectivo captar investidores institucionais, sendo o mercado destes investidores global, muito presente nas grandes praças financeiras como Londres e Nova Iorque, é natural que os estrangeiros tenham mais peso do que os portugueses, que são uma pequena parte desse mercado. Ainda assim, os portugueses têm uma presença significativa, além da componente do retalho e da Parpública. Mas é bem-vindo o capital estrangeiro e é uma prova do interesse que os investidores institucionais tiveram nesta operação.

Que papel deverá agora ter o Estado, ao manter 30% do capital por agora?
O Estado será o maior accionista, seguramente. Portanto, terá esse papel chave nas assembleias gerais. É um accionista de referência importante.

Como reage às declarações do ministro da Economia, confirmando a sua continuidade na empresa?
Interpreto como aquilo que ouviu. O ministro mostrou a sua vontade de que a actual equipa continue. Mas, enfim, ainda haverá uma assembleia geral, no final de Fevereiro do próximo ano, em que o assunto será discutido e os accionistas votarão nessa altura. Veremos.

Defende que o projecto do banco postal deve avançar?
Não estamos em condições de dizer mais do que aquilo que foi dito na adenda ao prospecto, que durante o ano de 2014 o assunto será analisado, ponderado e decidido pelo conselho de administração e pelos órgãos sociais, na altura própria. Não posso antecipar mais. 
 
 

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