Caixabank tem luz verde na OPA sobre o BPI

Oferta pública de aquisição arranca esta terça-feira.

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Espanhóis a um passo de dominar o banco liderado por Fernando Ulrich. NFACTOS / FERNANDO VELUDO

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) aprovou nesta segunda-feira a oferta pública de aquisição obrigatória (OPA) lançada pelo Caixabank, a  21 de Setembro de 2016, sobre a totalidade das acções representativas do capital social do banco BPI.

A contrapartida oferecida pelo CaixaBank é de 1,134 euros por acção do BPI e a operação arranca esta terça-feira e vai decorrer até ao próximo dia 7 de Fevereiro.

Com o registo, a CMVM acaba por aceitar o preço proposto pelos espanhóis, deixando cair a reivindicação de alguns accionistas, que contestam a contrapartida oferecida e pretendiam a nomeação de um auditor independente para determinar o seu valor.

O Caixabank já controla 45,6% do capital da instituição que tem como chairman Artur Santos Silva e que, há muito, deixou de ser controlado por accionistas portugueses.

Nesta operação, a maior expectativa recai sobre a decisão da Santoro, dominada pela empresária angolana Isabel dos Santos, que detém actualmente cerca de 18% do capital do banco presidido por Fernando Ulrich.

O avanço da oferta acontece depois do acordo que permitiu a cedência do controlo do Banco de Fomento de Angola do BPI para a Unitel, controlada por Isabel dos Santos.

A OPA começou por ser voluntária, mas acabou por se transformar em obrigatória depois da desblindagem de estatutos do banco, que limitava os direitos de voto a 20%.

A oferta decorre até 7de Fevereiro, mas as ordens só podem ser revogadas até 2 de Fevereiro. Se for aceite por todos os restantes accionistas, o investimento do Caixabank ascenderá a cerca de 900 milhões de euros.

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