Caiu o número de portugueses que vêem o empreendedorismo como positivo, diz estudo internacional

O medo de falhar foi apontado por 83% dos inquiridos em Portugal, acima da média dos 24 países analisados.

Tal como noutros países a braços com problemas financeiros, caiu, em 2013, o número de pessoas em Portugal que vê o empreendedorismo com bons olhos, embora um número relativamente elevado encare a criação do próprio negócio como uma alternativa ao desemprego, aponta um estudo internacional.

De acordo com o relatório global de empreendedorismo da multinacional americana Amway (que se dedica à venda de produtos domésticos, de saúde e beleza), 61% dos inquiridos em Portugal vê o empreendedorismo como algo positivo, menos 6% do que em 2012. Também em Espanha, Grécia e Itália se verificaram quedas semelhantes.

O estudo foi realizado pela consultora alemã GfK, que inquiriu, no segundo trimestre do ano passado, cerca de 26 mil pessoas com mais de 14 anos em 24 países.

Na tabela dos países onde a ideia de empreendedorismo é positiva, Portugal está à frente da Espanha, Alemanha, Áustria, EUA (um país tipicamente visto como favorável à criação de negócios) e Hungria. Já os dinamarqueses são os que mais descrevem o empreendedorismo como positivo.

Porém, em Portugal, a criação do próprio negócio até é vista como alternativa ao desemprego por um número elevado de pessoas, quando comparado com os valores de outros países. Entre os licenciados, 27% dizem que o empreendedorismo pode ser uma alternativa, um valor que sobe para os 32% entre os não licenciados. Acima destes números, só os EUA e a Grécia.

O medo de falhar foi apontado por 83% dos inquiridos em Portugal como a razão que os afasta da criação do próprio negócio. No total dos 24 países analisados, 70% referiram este motivo.

Sugerir correcção
Comentar