Bruxelas dá mais tempo a seis países para atingirem metas do défice

Comissão Europeia recomendou, nesta quarta-feira, o alargamento do prazo para Portugal e outros cinco Estados-membros corrigirem derrapagem orçamental.

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Durão Barroso diz que é altura de avançar com reformas que promovam o emprego e o crescimento Dominique Faget/AFP

A Comissão Europeia fez, nesta quarta-feira, um diagnóstico à “saúde” económica dos Estados-membros e recomendou a seis países o prolongamento do prazo para atingirem as metas do défice. Portugal terá de pôr fim à derrapagem orçamental em 2015 e atingir um défice de 5,5% do PIB este ano, 4% em 2014 e 2,5% em 2015.

Já Espanha ganha mais dois anos para corrigir as contas. Até 2016 deve atingir um défice de 2,8% (6,5% este ano e 5,8% em 2014), o mesmo que França tem de conseguir em 2015. Holanda, Polónia e Eslovénia também terão mais tempo para apresentar resultados.

As recomendações feitas por Bruxelas para os restantes Estados-membros incluem o estímulo ao emprego. “É altura de avançar com reformas económicas fundamentais que levem ao crescimento e à criação de emprego, que os nossos cidadãos, especialmente os mais jovens, esperam ansiosamente. É a única forma de lidar com dois dos legados da crise que restam: a séria perda de competitividade em muitos dos nossos Estados-membros e o desemprego persistente, com todas as suas consequências a nível social”, disse Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia.

Bruxelas considera que a maior parte dos países está a fazer progressos na consolidação fiscal e está a implementar reformas para aumentar a competitividade. Contudo, o ritmo e impacto dessas reformas varia. O maior desafio é combater o desemprego utilizando “políticas de emprego activas ou reformando o sistema educativo e de formação de forma a garantir que quem procura trabalho tenha as aptidões certas para os empregos disponíveis”.

A comissão diz que é preciso dar condições às empresas para investirem e criarem postos de trabalho. Contudo, a consolidação fiscal deve continuar enquanto houver “réstias de vulnerabilidade no sector bancário”.

 
 
 
 

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