Brasileira Petrobrás pretende fechar 38 empresas no estrangeiro até 2015

A operação em Portugal é apontada pela imprensa brasileira como uma das que a parceira da Galp poderá vir a encerrar.

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A Petrobrás pretende concentrar os seus investimentos no pré-sal brasileiro e por isso tem em marcha um plano de desinvestimento de operações no exterior que poderá levar a 38 encerramentos até 2015.

No âmbito desta nova estratégia de crescimento que aposta na exploração de petróleo em águas profundas ao largo da costa brasileira, Portugal, Austrália, Irão, Nova Zelândia, Turquia e Líbia são operações que estão em processo de encerramento, noticiou o site do jornal O Estado de São Paulo.

Contactada pelo PÚBLICO, fonte oficial da Petrobrás em Portugal afirmou que “este é um assunto na mira da empresa”, mas sobre o qual “não existem, de momento, comentários a fazer”.

De acordo com o site da Petrobrás, a empresa, que está presente em Portugal desde 2007, é actualmente operadora de sete blocos em águas profundas, quatro na bacia de Peniche (Camarão, Amêijoa, Mexilhão e Ostra) e três na bacia do Alentejo (Gamba, Santola e Lavagante), com uma participação de 50% em cada um deles. Em ambas as operações, a empresa é parceira da Galp.

Em entrevista ao canal ETV, em Janeiro de 2012, o presidente da empresa em Portugal, José Freitas, reafirmou a convicção da existência de petróleo no país, salientando, então, que a bacia do Alentejo parecia “ser mais promissora do que a bacia de Peniche" e que a Petrobrás estaria preparada para "perfurar um poço em 2013".

Segundo O Estado de São Paulo, quando a presidente da Petrobrás, Graça Foster, assumiu a presidência da empresa, em 2012, o portefólio internacional da companhia englobava 23 países, hoje conta 17 operações internacionais e vai continuar a encolher.

Outra das alterações previstas passa pela transferência das operações em África (Nigéria, Angola, Gabão, Benin, Namíbia e Tanzânia) para uma joint-venture entre a Petrobrás e o grupo financeiro BTG Pactual (o mesmo que já anunciou pretender integrar a estrutura accionista da nova empresa que resultar da fusão entre a Portugal Telecom e a Oi) para a exploração e petróleo de óleo e gás em África.

 

 
 

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