BPN: Presidente da República mantém confiança em Dias Loureiro

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Dias Loureiro considera não existir razões para renunciar ao cargo de conselheiro de Estado Luís Ramos (arquivo)

O Presidente da República avançou hoje que no encontro da noite passada com Dias Loureiro este lhe garantiu não ter cometido irregularidades nas funções empresariais que desempenhou em empresas ligadas ao grupo Banco Português de Negócios (BPN), considerando Cavaco Silva não ter qualquer razão para duvidar do conselheiro de Estado.

Cavaco Silva, que falava à margem da cerimónia de inauguração da nova sede da União das Misericórdias Portuguesas, disse aos jornalistas que Dias Loureiro lhe garantiu “solenemente não ter cometido qualquer irregularidade” e que, como tal, não tem “qualquer razão para duvidar da sua palavra”.

De acordo com o Presidente, Dias Loureiro assegurou no encontro, realizado a pedido do conselheiro de Estado, "que as suspeitas lançadas não têm qualquer fundamento, são mentira". Questionado se o caso lhe está a causar incómodo, Cavaco respondeu: "São 19 os conselheiros de Estado. Todos me merecem o maior respeito. O Presidente da República não faz julgamentos, nem faz investigações".

"Não é tarefa de um Presidente da República fazer julgamentos a qualquer pessoa, seja membro do Governo, das Forças Armadas ou membro do Conselho de Estado. Nem é tarefa de um Presidente da República fazer trabalhos de investigação", acrescentou.

Ontem, após o encontro com o Presidente, o antigo ministro da Administração Interna assegurou que não cometeu "qualquer ilegalidade" na gestão do grupo da Sociedade Lusa de Negócios (SLL) de que foi administrador executivo entre Dezembro de 2001 e Setembro 2002 e administrador não executivo até 2005, considerando não existir qualquer razão que justifique a sua renúncia ao cargo de conselheiro de Estado.

Esta manhã, em declarações à TSF, Dias Loureiro assegurou a sua disponibilidade para ser ouvido pelo Ministério Público sobre o caso BPN, numa reacção à notícia de hoje do “Jornal de Notícias”, segundo a qual deverá ser chamado, a curto prazo, pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal, na qualidade de testemunha sobre as alegadas irregularidades no BPN.

Notícia actualizada às 14h56
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