Bolsas na Europa negoceiam no vermelho sob forte volatilidade

Praças europeias seguem tendência das bolsas chinesas. O PSI-20 perde 1,58%.

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A bolsa de Tóquio contrariou a tendência das praças chinesas e fechou em alta YOSHIKAZU TSUNO/AFP

As principais bolsas na Europa estão na manhã desta quarta-feira a negociar em queda, com a volatilidade das praças de Nova Iorque e asiáticas a sobrepor-se às medidas positivas anunciadas na terça-feira pela China para acalmar os mercados financeiros. Por volta das 11h30, algumas das praças atenuaram as descidas Madrid recuava 1,49%, Londres cedia 1,44%, Paris perdia 1,42%, Frankfurt caía 1,37%, Milão escorregava 1,49% e Lisboa cedia 1,58%.

A bolsa de Xangai encerrou em terreno negativo, com o anúncio das medidas por parte do banco central chinês a atenuarem as pesadas perdas que marcaram o arranque da semana, mas a revelarem-se insuficientes para inverter a tendência. O Índice Composite de Xangai fechou a cair 1,27%, cotando-se nos 2,927.29 pontos, numa sessão muito volátil, iniciada em alta ligeira (0,53%), em que chegou a valorizar até 4,29% e a descer até 3,85%. Depois de na segunda-feira ter perdido 8,49% – a maior queda em oito anos – e de ter fechado, no dia seguinte, a cair 7,63%, a bolsa de Xangai voltou nesta quarta-feira a encerrar no vermelho.

O principal indicador da bolsa de Shenzhen, a segunda praça financeira da China, caiu 3,05% no encerramento, até aos 1,695.76 pontos, enquanto Hong Kong recuou 1,52%. Já na principal bolsa japonesa, Tóquio, o dia foi positivo, com uma subida de 3,2%.

Depois de uma segunda-feira negra para as bolsas mundiais devido aos receios dos investidores em relação ao arrefecimento da economia da China, que penalizou as praças dos dois lados do Atlântico, a terça-feira caracterizou-se por alguma acalmia, mas a volatilidade ainda se mantém, estando os investidores bastante atentos.

Entretanto, o euro valorizava ao início da manhã no mercado de divisas de Frankfurt ao negociar-se a 1,1478 dólares, contra 1,1415 dólares no final da sessão do dia anterior.

Já o preço do barril de petróleo Brent, para entrega em Outubro, abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures de Londres, a valer 43,5 dólares, mais 0,67% do que no encerramento da sessão anterior. Na terça-feira, o preço do barril de petróleo Brent fechou no mercado de futuros de Londres nos 43,21 dólares, mais 1,21% do que no fecho da sessão da véspera. O preço do barril Brent, apesar da subida mantém-se ainda em níveis semelhantes aos do início de 2009.

Na falta de indicadores macroeconómicos, a influenciar as bolsas, estará nesta quarta-feira a divulgação das encomendas de bens duradouros nos Estados Unidos, que poderão fornecer uma melhor perspectiva da evolução da economia norte-americana. 

Na terça-feira, o banco central chinês anunciou uma nova baixa das taxas de juro – pela quinta vez desde Novembro último – reduzindo ainda mais os rácios das reservas obrigatórias dos bancos, num aparente esforço para conter a queda das bolsas da segunda maior economia mundial.

A partir de hoje, a taxa de empréstimos a um ano e a taxa de depósitos a um ano vão diminuir em 25 pontos base, reduzindo-se para 4,60% e 1,75%, respectivamente. Em paralelo, o banco central cortou 50 pontos base no rácio das reservas mínimas obrigatórias impostas a determinadas instituições financeiras. E fez saber que injectou 150.000 milhões de yuan (cerca de 20,3 mil milhões de euros) para aumentar a liquidez do sistema financeiro do país. O banco central justificou a necessidade da medida com a redução da liquidez no mercado causada pela desvalorização do yuan.

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