Bolsas Europeias arrancam em queda moderada

Juros da dívida sobem no Sul da Europa e disparam na Grécia.

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A abertura da bolsa lisboeta acompanhou a maioria dos mercados europeus Rafael Marchante/Reuters

Os mercados europeus arrancaram esta segunda-feira em queda, com desvalorizações entre 2% e 3%, a reflectir a incerteza face às negociações que se vão iniciar para resolver a crise financeira da Grécia.

Os principais índices das bolsas de Paris e de Frankfurt iniciaram a sessão com quedas de 3% e as praças de Lisboa e de Madrid abriram com perdas entre 2,5% e 2%.

Poucos minutos depois da abertura, as quedas abrandaram e, à excepção de Milão, que segue a perder 2,8% e de Madrid, a recuar 2,25%, os principais índices europeus seguem a negociar com desvalorizações abaixo de 2%.

Numa altura em que não se sabe quando poderá ser possível a abertura dos bancos e da bolsa grega, os mercados de futuros europeus também estão a negociar em terreno negativo.

As bolsas asiáticas já encerraram com o índice Hang Seng, de Hong Kong, a recuar 3,80%; e o Nikkei, da Bolsa de Tóquio, a perder 2,08%.

Maiores quedas nos bancos
Em Lisboa, os bancos estão entre os títulos que registaram maiores quedas, com o BCP a perder 4,7%, o Banif a deslizar 3% e o BPI a recuar 2,7%.

Em Espanha, os maiores bancos cotados apresentam perdas acima dos 2%, com destaque para a queda de 2,36% do Banco Santander e de 2,49% do Sabadel. O alemão Deutsche Bank desliza 2,5% e o francês BNP Paribas desvaloriza 2,56%.

No mercado secundário da dívida, as taxas implícitas das obrigações dos países do Sul da Europa estão a subir, com destaque para dívida grega a dois anos que disparou de 35,8% para 47,9%, e a dez anos de 14,670% para 16,987%.

Os juros das obrigações portuguesas a dez anos subiram de 2,942 (sexta-feira) para 3,029%., bem acima do mínimo de Março, fixado em 1,560%.

Por contraste, as obrigações alemãs estão em queda ligeira, beneficiando do sentimento de título de refúgio, num momento de grande incerteza face à evolução da crise grega.

O euro sobe ligeiramente face ao dólar, de 1,1027 dólares para 1,1088 dólares, invertendo a tendência de queda após a notícia da demissão do ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, uma demissão que visa facilitar as negociações com os países credores.

O preço do barril de petróleo Brent, para entrega em Agosto, abriu em queda, a valer 59,49 dólares, menos 1,37% do que no fecho da sessão anterior.

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