Bolsa de Lisboa em alta ligeira, com recuperação dos títulos da banca

Juros da dívida em alta ligeira no dia de nova emissão de dívida de longo prazo.

Foto
Bolsa de Lisboa interrompe queda das primeiras duas sessões da semana. Rafael Marchante/Reuters

A bolsa de Lisboa abriu esta quarta-feira em queda de 0,70%, mas já está a negociar em terreno positivo, com uma valorização modesta de 0,30%, impulsionada pela recuperação dos títulos bancários, os que mais caíram nas primeiras duas sessões da semana.

As quedas da praça de Lisboa, que foram comuns às restantes bolsas europeias, mas em menor percentagem, foram ampliadas pela incerteza do momento político que o país atravessa, com algum receio de formação de um governo à esquerda.

Os títulos da banca, os mais penalizados sempre que há um aumento da incerteza, estão esta quarta-feira a recuperar, com o BCP a subir mais de 1% e o BPI 2,2%.

A abertura dos restantes mercados europeus foi em queda, com alguns índices a perderem mais de 1%, mas com tendência de recuperação. Para o sentimento negativo dos mercados contribuíram, mais uma vez, os sinais negativos que chegam da economia chinesa.

Esta quarta-feira foi divulgado o Índice de Preços no Consumidor (IPC), o principal indicador da inflação, que subiu 1,6% em Setembro, face a igual período do ano passado. Sinal negativo também do Índice de Preços ao Produtor, que caiu 5,9%, devido ao excesso de produção na indústria chinesa.

A bolsa de Lisboa segue positiva, mas no mercado da dívida verifica-se uma ligeira subida dos juros nos prazos mais longos, no dia em que Portugal regressa aos mercados com novas emissões.

Segundo dados da agência Lusa, os juros da dívida portuguesa a dez anos estavam a avançar para 2,428%, contra 2,405% na terça-feira.

Em sentido contrário, no prazo de dois anos, os juros estavam a cair para 0,250%, abaixo dos 0,253% de terça-feira.

Os juros de Espanha e da Irlanda estavam a cair em todos os prazos e, em contrapartida, os da Grécia estavam a subir em todos os prazos. Os juros de Itália estavam a subir a dois anos e a cair a cinco e dez anos.

Portugal realiza esta quarta-feira duas emissões de dívida de longo prazo, uma a dez anos e outra a 22 anos, com os quais espera captar até 1250 milhões de euros.

 

 

Sugerir correcção
Ler 1 comentários