A descida na Bolsa de Atenas já era esperada e assim aconteceu: nos primeiros minutos após a abertura, na manhã desta segunda-feira, registou-se uma queda de 22,9% numa sessão com poucas negociações.

A bolsa tinha sido encerrada no final de Junho no auge da crise de confiança sobre a manutenção da Grécia na zona euro, como uma das medidas de controlo de capitais, que levaram ainda ao encerramento dos bancos, que poderiam colapsar em breve pelo volume das saídas de capitais.

No volume global das negociações da bolsa, as acções dos bancos foram, também sem surpresas, especialmente penalizadas. O Banco Nacional da Grécia, o maior banco comercial do país, desceu logo 30%, atingindo o limite diário de volatilidade, significando que não era possível vender mais acções do banco.

“A maioria da pressão para vender é vista nas acções dos bancos, onde há ordens de venda não executadas no valor de 100 milhões de euros”, disse à agência Reuters o conselheiro de investimento Theodore Mouratidis. “Pode haver mais quedas terça-feira, a não ser que apareçam compradores mais tarde nesta sessão”, comentou.  

E enquanto a nível político o Governo grego chegou entretanto a um acordo com os credores, este ainda não foi concretizado, levando a medos de que haja ainda sobressaltos políticos e económicos.