Bloco de Esquerda defende controlo do Novo Banco pelo Estado

Catarina Martins critica "irresponsabilidade" na eventual saída da equipa de Vítor Bento.

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Fitch acredita que testes de stress devem “esclarecer algumas questões sobre a posição de solvência do Novo Banco” Enric Vives Rubio

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, alertou hoje para o "amadorismo atroz" e a "irresponsabilidade" da eventual saída da equipa de Vítor Bento do Novo Banco, defendendo que a instituição, que recebeu dinheiro público, deve ser controlada pelo Estado.

"Não deixa de espantar [a eventual saída da equipa de Vítor Bento], porque parece de um amadorismo atroz. Não se compreende a irresponsabilidade de quem pôs em causa mais de quatro mil milhões de euros do erário publico e não se tenha acertado sequer sobre a venda ou o timing da venda [do banco]", criticou a líder do BE, no Porto, à margem de uma conferência de imprensa sobre o Bairro do Aleixo.

Para Catarina Martins, "não saem bem da fotografia nem o Banco de Portugal, nem o Presidente da República, nem Vítor Bento, nem o Governo", que na sua perspetiva pretende "limpar" o banco com dinheiro público para o "vender a preço de saldo a privados".

"A história do BPN é precisamente essa. Limpou-se o banco com dinheiro público e depois vendeu-se a preço de saldo a privados. O que o Governo quer fazer [com o Novo Banco] é exatamente o mesmo. Isso não é aceitável", frisou.

O Expresso avançou na sua edição de hoje que a administração do Novo Banco está de saída, devido à rejeição por parte do Banco de Portugal de uma estratégia de longo de prazo apresentada por Vítor Bento. O Banco de Portugal quer vender o Novo Banco o mais rapidamente possível.

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