Banco BiG com lucros anuais de 82,5 milhões de euros

Com um capital actual de quase 300 milhões de euros, o presidente do banco BiG, Carlos Rodrigues, sublinha que a última vez que pediu apoio aos investidores para aumentar o capital foi em 2001.

O Banco de Investimento Global (BiG) fechou o exercício de 2014 com um lucro de 82,5 milhões, o que se traduz num aumento de 41% face ao apurado no ano anterior (58,6 milhões).

A instituição liderada por Carlos Rodrigues junta-se assim ao Santander Totta (193,1 milhões de euros) e ao Crédito Agrícola (22 milhões), no grupo dos três bancos que entraram em 2015 em terreno positivo. A CGD, o BCP, o BPI, o Banif e o Montepio Geral somaram prejuízos de mais de 1100 milhões - o Novo Banco contínua sem apresentar as suas contas anuais.   

Em declarações ao PÚBLICO, o presidente do BiG, que opera actualmente com 16 balcões, lembrou que a instituição financeira celebrou ontem 16 anos, tendo sido constituida com um capital de 25 milhões de euros, que hoje se aproxima dos 300 milhões de euros.

De acordo com o banqueiro, a “última vez que pediu o apoio dos investidores para reforçar o capital do BiG foi em 2001, altura em que o capital foi aumentado em 75 milhões de euros”. Já "os sucessivos aumentos dos capitais próprios foram realizados à custa da retenção de lucros, mas sempre com distribuição de dividendos pelos accionistas". Em 2014, o BiG projecta repartir 21 cêntimos de dividendos por acção, sendo que 15 cêntimos foram entregues antecipadamente em Novembro de 2014.

“O resultado do ano passado foi inteiramente produzido na unidade portuguesa”, evidencia Carlos Rodrigues, notando "que, neste momento, não temos um único cêntimo investido em divida pública portuguesa”, o que significa “que não venhamos a ter no futuro”.

As receitas (investimentos em obrigações, títulos de companhias e de divida pública) provenientes sobretudo de negócio em Espanha, mas também em Itália, em Portugal e nos EUA, contribuíram para o resultado positivo de 2014, justificou Carlos Rodrigues.

A rendibilidade dos capitais próprios médios (ROE) subiu para 35,2% (30,9% em 2013), enquanto o rácio Core Tier 1 se situou em 35,1% (32,7% em 2013). As comissões líquidas cresceram 75% e o negócio de banca de investimento representou 85,2% do produto bancário (79,4% em 2013), com os depósitos de clientes a dispararem 18% para cerca de 805 milhões de euros. O rácio de crédito vencido/total crédito concedido ascendia a 0,1%, equivalente ao registado nos dois anos anteriores.

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