BES adia divulgação das contas semestrais para a véspera da assembleia geral

As contas dos primeiros seis meses do ano serão ainda apresentadas pela anterior gestão do segundo maior banco português onde já não se encontra Ricardo Salgado.

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Na assembleia geral os accionistas também vão confirmar a cooptação da nova gestão, liderada por Vitor Bento PÚBLICO/Arquivo

O BES adiou em cinco dias, para a véspera da assembleia geral de accionistas, que vai decorrer a 31 de Julho, o anúncio das suas contas semestrais.

Tudo indica que os resultados da actividade nos primeiros seis meses do ano reflectirão um agravamento exponencial dos prejuízos que poderão chegar aos mil milhões de euros.  

Será ainda a anterior gestão do BES, mas sem a presença de Ricardo Salgado, que no próximo dia 30 de Julho, quarta-feira, irá estar perante os analistas para apresentar a evolução da actividade entre Janeiro e Junho do corrente exercício. Um período que ficou marcado pela mudança de presidente executivo.

Depois de em 2013 ter apurado um resultado negativo de 517 milhões de euros, que no primeiro trimestre deste ano se ficou em 89,2 milhões, a expectativa, dada as imparidades que terá de apurar, designadamente pela exposição ao GES (de 1,2 mil milhões de euros), é que o  prejuízo semestral do BES se aproxime de mil milhões de euros.   

Inicialmente estava previsto que o BES divulgasse as contas nesta sexta-feira, 25 de Julho, mas irá agora fazê-lo na véspera da reunião magna que se vai realizar (a 31, quarta-feira) em Lisboa, pelas 10h no Hotel Altis.

Para além da aprovação dos números semestrais, os accionistas vão confirmar a cooptação da nova gestão, liderada por Vitor Bento, que manterá em funções Joaquim Goes, João Freixa, Antonio Souto, Jorge Martins, Rui Silveira, Stanislas Ribes (este indicado pelo Crédit Agricole), e para onde entrarão mais dois nomes: Moreira Rato e José Honório. O mandato termina em Dezembro de 2015.  Deixam a administração executiva do BES Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo, José Maria Ricciardi (os três últimos da familia Espírito Santo) e o administrador financeiro, Amílcar Morais Pires.

 

 

 

 

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