BEI empresta 300 milhões a bancos portugueses para financiarem PME

BPI, CGD, BCP e Santander devem financiar prioritariamente empresas que empreguem jovens ou desempregados de longa duração.

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O ministro das Finanças, Mário Centeno, esteve presente na cerimónia de assinatura das linhas de crédito NFS - Nuno Ferreira Santos

O Banco Europeu de Investimento (BEI) contratualizou esta segunda-feira com o BPI, CGD, BCP e Santander Totta um empréstimo total de 300 milhões de euros destinados a financiar projectos realizados por PME e empresas de pequena dimensão.

O objectivo é "operacionalizar o programa do BEI para a criação do emprego e das start ups [empresas em início de actividade] em Portugal", informou a entidade, acrescentando que este projecto se insere no pilar financeiro do Plano de Investimento para a Europa.

Na primeira fase, cada um dos quatro bancos vai receber um empréstimo de 70 milhões de euros, num total de 280 milhões de euros, e numa fase posterior será disponibilizado um empréstimo adicional de 20 milhões de euros, perfazendo o montante global de 300 milhões de euros.

Werner Hoyer, presidente do BEI, e Román Escolano, vice-presidente do BEI, participaram na cerimónia de assinatura destas linhas, no Palácio Foz, em Lisboa, com altos quadros dos bancos envolvidos, tendo também participado o ministro das Finanças, Mário Centeno.

Estes empréstimos destinam-se prioritariamente ao financiamento de start ups e empresas que empreguem jovens e desempregados de longa duração, bem como empreendedores que criem o seu próprio emprego.

Segundo o BEI, estas linhas "contribuirão para aumentar a capacidade de financiamento de alguns dos principais bancos portugueses, permitindo-lhes desbloquear investimentos a realizar pelas PME e empresas mid cap [de média dimensão] para estas finalidades específicas". A cerimónia decorreu no dia em que o BEI celebra 40 anos de actividade em Portugal.

"Esta excelente cooperação irá continuar no futuro. Ao longo dos últimos 40 anos o banco [BEI] apoiou mais de 25.000 PME portuguesas e contribuiu para financiar as infra-estruturas e a indústria do país. Hoje, estamos aqui para mostrar que o Grupo BEI está empenhado em apoiar a economia portuguesa", destacou Werner Hoyer.

Já Carlos Moedas, comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, considerou que "o Plano de Investimento é um recurso comprovado para as PME e start ups inovadoras e com elevada intensidade de I&D [investigação e desenvolvimento], cujos resultados estão a superar as expectativas".

E acrescentou: "Foi por esse motivo que aumentamos recentemente o montante de financiamento disponível para as PME ao abrigo deste Plano. Os empréstimos anunciados hoje no valor de 300 milhões de euros a favor das PME e start ups portuguesas mostram como o Plano de Investimento faz realmente a diferença para os nossos cidadãos".

O comissário europeu mostrou ainda expectativa sobre "notícias futuras sobre o Plano de Investimento em Portugal".

Depois da cerimónia de assinatura das linhas com responsáveis do BEI e dos quatro bancos envolvidos neste projecto, e da conferência de imprensa, houve lugar a um encontro em privado com os líderes dos bancos e do governador do Banco de Portugal, no qual também participou o primeiro-ministro, António Costa.

 

 

 

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