BE desafia PS a definir posição sobre memorando da troika

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Catarina Martins foi entrevistada por João Adelino Faria Pedro Cunha/Arquivo

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu nesta segunda-feira que para haver uma convergência alargada da esquerda em Portugal é preciso que o PS se defina sobre a renegociação da dívida e o memorando da troika.

“É preciso que o PS se defina sobre a dívida e sobre o memorando [da ‘troika’] porque toda a gente percebe que um Governo que se dissesse de esquerda e que, chegado ao Governo, não renegociasse a dívida e continuasse a impor as medidas que estão no memorando, estaria a fazer o mesmo que o actual executivo e isso não seria um Governo de esquerda, seria uma completa irresponsabilidade”, afirmou hoje a coordenadora da Comissão Política do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins.

Questionada pela agência Lusa, Catarina Martins reafirmou a disponibilidade do partido para integrar uma coligação, mas deixou claro que “ninguém contará com o BE” para uma convergência largada da esquerda que “não proponha realmente uma alternativa ao país”.

E a alternativa, frisou, “mede-se hoje pela capacidade de renegociar a divida e denunciar o memorando da troika, medidas sem as quais “não será possível alterar políticas”.

Catarina Martins falava nas Caldas da Rainha, à margem da apresentação da candidatura de Carlos Carujo à presidência da câmara local nas próximas eleições autárquicas de 29 de Setembro.

O candidato bloquista é o sexto assumir a corrida à câmara que disputará com Tinta Ferreira (PSD), Rui Correia (PS), José Carlos Faria (CDU), Teresa Serrenho (independente) e Manuel Isaac (CDS-PP).

A Câmara das Caldas da Rainha é liderada pelo PSD, com quatro eleitos, contando o executivo com dois vereadores do PS e um do CDS-PP.

Para a Assembleia Municipal, o BE aposta em Lino Romão, livreiro e deputado municipal em regime de substituição.

 

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