Barómetro: banca é sector que inspira menos confiança em Portugal

Confiança nas empresas aumentou em 2013, segundo o barómetro da Edelman Trust.

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Os serviços financeiros surgem são, no barómetro, o segundo sector que menos confiança transmite José Fernandes

A banca e os serviços financeiros são os sectores que inspiram menos confiança em Portugal em 2013, no pólo oposto ao sector das tecnologias, o mais confiável, revela nesta terça-feira o barómetro da Edelman Trust.

Os dois sectores que em Portugal que menos confiança transmitem em 2013 são a banca (36%), contra 35% no ano anterior, e os serviços financeiros (32%), quando em 2012 ficou nos 29%.

O sector das tecnologias aparece a liderar ao nível da confiança, com 84% em 2013 e 81% no ano passado, revela o barómetro.

Ainda em Portugal, os sectores da electrónica de consumo (74%), o automóvel (73%) e alimentação e bebidas (72%) mantêm-se este ano como aqueles em que há maior confiança.

O 13.º Estudo Anual Global sobre Confiança foi realizado em 26 países, da União Europeia e do resto do mundo, incluindo Portugal, a partir de uma amostra de 31.000 respostas realizadas através da Internet, entre 16 de Outubro e 19 de Novembro de 2012, as quais incluem tanto o público em geral como o público informado, com idades entre os 25 e os 64 anos.

O barómetro permitiu também saber que a confiança nas empresas em Portugal aumentou em 2013, mas pela primeira vez há “uma disputa” com as organizações não-governamentais, que estão a perder terreno.

“O valor geral da confiança nas instituições governamentais desacelerou no país”, segundo o Edelman Trust Barometer 2013, mas é de destacar a “disputa” entre as empresas e as organizações não-governamentais, com as primeiras a registarem uma subida de 54% em 2012 para 57% este ano, enquanto as segundas descem dos 63% para 59%, respectivamente.

Em Portugal, a confiança no sector dos media desacelerou ligeiramente face a 2012, mas os motores de busca na Internet são pela primeira vez referidos como “a primeira fonte de informação geral (32%) e “fonte para confirmar informações (26%)”.

O barómetro aponta para um “aumento gradual do cepticismo” em Portugal quanto à confirmação da “primeira fonte de informação geral”, indicando que em 2013 cerca de 61% dos inquiridos residentes no país disse precisar de ser confrontado com a mesma informação entre três a cinco vezes para acreditar. “Em 2012 este valor foi de 59%”, segundo o estudo.

Na União Europeia, é nas ONG que os entrevistados mais confiam (60%), seguidos das empresas (52%), ao invés dos entrevistados em Portugal, segundo o barómetro.

A consultora GCI, afiliada da Edelman, em associação com o Lisbon MBA da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa apresenta nesta terça-feira as conclusões do barómetro Edelman Trust 2013 no palacete do campus da Nova School of Business and Economics (SBE).

 
 

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