Barclays vende balcões mas mantém algumas operações em Portugal

Negócios dos cartões é um dos que o banco quer manter no mercado nacional.

Foto
Processo deverá estar concluído no início de 2015 Foto: Shamila Mussa (arquivo)

O Barclays não tem intenções de sair integralmente de Portugal. A instituição financeira manterá três áreas de negócio no mercado nacional, sendo que as restantes serão integradas numa outra unidade do banco, não estratégica, com vista à sua alienação.

O banco britânico tem intenções de manter as áreas de negócio designadas de  Private, Corporate e Barclays Card em Portugal, comunicou o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários, no passado dia 9 de Maio. O futuro das restantes áreas de negócio já se encontra à partida também decidido. O objectivo será vender as agências e não fechá-las, como também tinha sido posto em cima da mesa.

À semelhança do caso português, as restantes actividades de retalho da Europa serão igualmente alienadas, incluindo assim as agências em Espanha, França e Itália. No entanto, ainda não se encontra estipulada uma data para a concretização deste processo.

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários afirma que lhes foi garantido que, “no caso de alienação, será a salvaguarda do maior número de postos de trabalho”.

“Actualmente não está previsto qualquer plano de redução de pessoal similar aos anteriores People Plan ou Social Plan”, acrescenta o sindicato.

Nos últimos anos, o banco levou a cabo estes dois planos, de rescisões voluntárias, que resultaram na saída de cerca de uma centena de trabalhadores. Só entre 2012 e 2013 o Barclays já fechou 113 agências no mercado nacional.

BIC diz ter interesse nos balcões do Barclays
O Banco BIC colocou a hipótese de comprar alguns balcões de agências bancárias que estão a encerrar sucursais em Portugal, entre eles, os que pertencem ao grupo britânico. Mira Amaral, presidente executivo do banco luso-angolano em Portugal, declarou ao Jornal de Negócios que tem “interesse nalguns balcões do Barclays e de outros bancos” localizados em locais onde o banco que lidera precisa de novos balcões.

Mira Amaral coloca ainda a possibilidade de “ficar com algumas pessoas que sejam válidas e até com parte do negócio.” A redução dos custos de instalação, ao abrir uma agência numa loja onde já funcionou anteriormente um banco, é um dos motivos apontados para esta possível decisão.

Sugerir correcção
Comentar