O Banif revelou na noite desta quinta-feira ter apurado um prejuízo semestral de 97,7 milhões de euros, menos 100 milhões de euros do que o resultado negativo registado no período homólogo de 2013 (perdas de 196 milhões).

Uma evolução positiva que o presidente do Banif, Jorge Tomé, justifica com o aumento “do produto bancário e da evolução menos desfavorável das unidades operacionais descontinuadas.”  O rácio de capital Common Equity Tier 1 estava, em 30 de Junho, em 10,0%, acima do mínimo recomendado pelo Banco de Portugal (7%).  

A penalizar as contas semestrais esteve o “aumento de custos com pessoal relacionados com o programa de redução de colaboradores (8,7 milhões de euros)”, mas também o acréscimo (de 3,4%) “pouco significativo” das provisões e imparidades líquidas” que se cifraram em 146,2 milhões de euros. Um valor que “inclui a imparidade adicional constituída por indicação transversal do Banco de Portugal em relação à exposição a entidades do GES”.

No mesmo comunicado, emitido ao final da noite desta quinta-feira, o Banif informa ter intenção de reembolsar a última tranche “dos instrumentos de dívida subordinada de conversão contingente subscritos pelos Estado (CoCos), no montante de 125 milhões de euros, até ao final do ano”. A decisão segue-se “à recompra de cerca de 70% destes instrumentos: 150 milhões de euros em Agosto de 2013 e 125 milhões de euros em Abril de 2014.”

No âmbito do processo de transformação do grupo, intervencionado em Dezembro de 2012, a administração do Banif decidiu “antecipar a implementação de medidas com vista a acelerar a redução de custos”. O banco projecta encerrar até final do ano 20 agências bancárias (já foram encerradas 40 no primeiro semestre) e avançar com a redução do quadro de colaboradores que abrangerá até 300 pessoas.