Bancos reduzem spreads nos empréstimos a empresas e famílias com risco médio

Bancos admitem uma ligeira melhoria nas condições de concessão de crédito de curto prazo às empresas.

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Avisos do Bnaco de Portugal sobre intermediação ilegal são recorrentes. Foto: Pedro Cunha / PÚBLICO

Os critérios de concessão de crédito não sofreram alterações significativas no terceiro trimestre, verificando-se, no entanto, a manutenção da tendência de redução dos spreads (margem comercial dos bancos) nos empréstimos a empresas e à habituação de risco médio, revela o inquérito aos cinco maiores bancos nacionais, divulgado nesta quinta-feira pelo Banco de Portugal. Nos empréstimos de maior risco, a empresas e particulares, não se registaram alterações no spread praticado.

As condições de concessão de crédito para o quarto trimestre de 2014 deverão manter-se “globalmente sem alterações, podendo contudo ocorrer uma ligeira redução na restritividade dos empréstimos de curto prazo concedidos às empresas”, refere o documento.

Ao nível da procura de empréstimos, os resultados do inquérito apontam para uma estabilização durante o terceiro trimestre, tendo ocorrido, no entanto, um ligeiro aumento por empréstimos de curto prazo por parte das empresas.

Para o quarto trimestre, os bancos antecipam um aumento da procura de empréstimos por parte das empresas, o qual deverá estar associado às pequenas e médias empresas (PME) e aos empréstimos de curto prazo.

No caso dos particulares, os cinco maiores bancos não antecipam alterações da procura no segmento da habitação, mas existem expectativas de um ligeiro aumento no segmento do consumo e outros fins.

Em resposta a questões gerais, a maioria dos bancos prevê uma melhoria no acesso ao mercado de títulos de dívida com maturidade mais longa e uma estabilização das restantes fontes de financiamento.

Apenas uma instituição prevê uma deterioração de todas as fontes de financiamento, com excepção do acesso ao mercado de titularização de empréstimos a empresas.

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