Associações empresariais do norte e centro aprovam documento de opções para infra-estruturas

O chamado Grupo de Trabalho Centro-Norte considera projectos de interesse nacional os corredores Aveiro-Salamanca e Sines-Caia.

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O grupo pede investimento em infra-estruturas Público

O Grupo de Trabalho Centro-Norte (composto pela Associação Empresarial de Portugal, Associação Industrial do Minho e Conselho Empresarial do Centro) aprovou nesta quarta-feira um documento, a entregar ao Governo, com as opções para as Infra-estruturas de Elevado Valor Acrescentado (IEVA), destacando a aposta nos corredores internacionais Aveiro-Salamanca e Sines-Caia.

Em comunicado, na sequência de uma reunião em Santa Maria da Feira, o grupo referiu que o documento aprovado, com base num estudo elaborado por técnicos e decisores institucionais, identifica as "grandes opções" para a economia nacional por quem vai ser chamado a priorizar os investimentos em infra-estruturas. "Contempla uma proposta abrangente para as várias infra-estruturas (ferroviárias, marítimo-portuárias e aeroportuárias) essenciais para o aumento da competitividade da economia nacional", diz o relatório.

O grupo acredita que existe um conjunto de fundos estruturais, na ordem dos três milhões de euros, que podem ser alocados a estes projectos. E acrescenta que "as restrições orçamentais, apontadas publicamente pelo Governo, confinam as opções para investimentos em infra-estruturas a montantes estimados entre dois mil milhões e 2,3 mil milhões de euros, o que se repercutirá na escolha das prioridades".

As associações consideram como projectos de interesse nacional os dois corredores internacionais: Aveiro-Salamanca e Sines-Caia. Segundo a proposta, os investimentos nestes corredores passam por duas soluções: uma solução-base, minimalista, que não ponha em causa a competitividade de ambos, mas que esteja operacional no quadro 2014-2020 e uma solução-base, melhorada, caso seja possível renegociar a canalização de outros fundos para estes projectos.

O grupo de trabalho considera ainda necessário encontrar soluções para os investimentos não concessionáveis nos portos envolvidos nos dois corredores para que, a viabilidade do aproveitamento ferroviário, não fique comprometida.
"Complementarmente às opções dos corredores prioritários, considera-se fundamental a modernização e electrificação da Linha do Minho, visando reforçar as condições de mobilidade de pessoas e bens nas regiões do Grande Porto e do Alto Minho e destas com a região espanhola da Galiza", frisa o documento.

Na opinião do grupo de trabalho, as opções reflectem uma visão nacional das prioridades do investimento público a efectuar em infra-estruturas, com uma orientação para a aposta da competitividade da economia portuguesa, apoiando o esforço de internacionalização do país.

"Os orçamentos das propostas contidas no documento enquadram-se nos montantes identificados pelo Governo para os investimentos entendidos como prioritários", realça.
 
Artigo corrigido: os montantes estimados pelo grupo são de dois mil milhões a 2,3 mil milhões de euros, não dois milhões a 2,3 milhões de euros, como estava escrito.

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